Evolução Humana e Aspectos Sócio-Culturais
Considerações Finais EVOLUÇÃO CULTURAL A evolução cultural teve grande importância para a evolução biológica do H. s. sapiens.O comportamento, a língua e as peculiaridades que um indivíduo adquire durante a sua vida, são transmitidos para seus descendentes (evolução lamarckiana). Algumas características culturais tem suas freqüências aumentadas não somente devido a transmissão cultural, mas porque elas influenciam no crescimento e dispersão das populações (por ex. a agricultura). Aumento de complexidade (variedade e sofisticação) de ferramentas associado ao aumento gradual do cérebro.
Estrutura Populacional Antes da agricultura a sobrevivência humana se dava através da caça e coleta por bandos pequenos nômades - População estimada de 10.000 a.C. 10 milhões - essa estrutura populacional favoreceu a deriva genética.
No ano 8000 a.C. havia ainda apenas pequenos bandos de homens que caçavam e colhiam, com estilo de vida pouco diferente de seus predecessores de até 100 mil anos antes. Mas, nos 2 mil anos seguintes, vilarejos consideráveis surgiram em certas regiões; nos 2 mil anos subseqüentes, já havia cidades; 2 mil anos mais tarde as cidades-Estado viraram impérios; 2 mil anos depois, bases tecnológicas foram estabelecidas para realizações que nos mais recentes 2 mil anos incluíram imprensa, energia atômica e a primeira ida do homem à Lua. Esta aceleração no desenvolvimento humano pode ser atribuída ao início da agricultura -a alteração deliberada de sistemas naturais para promover a abundância de uma espécie ou conjunto de espécies. Porém o cultivo levou algumas espécies a completa dependência do homem. E o caso dos cereais, os principais alimentos que sustentaram o crescimento populacional desde a última Idade do Gelo. A produção dos cereais cultivados tornou possível o estabelecimento de comunidades humanas maiores e pela primeira vez permitiu povoamentos que podem ser descritos como vilarejos ou cidades. Como a produção vinha de uma área limitada, era possível sustentar uma população crescente convertendo mais terras ao cultivo. E a produtividade podia crescer graças a técnicas intensivas, como a introdução de terraços em encostas in remes ou a irrigação. Agricultura intensiva requer alto nível de organização social e política, e existia uma tendência natural para o desenvolvimento de sociedades mais complexas à medida que a população crescia. Mas as origens reais da agricultura continuam pouco compreendidas. Certamente, ao fim da última Idade do Gelo, as comunidades Humanas tinham organização social e tecnológica mais complexa do que antes, e estavam mais bem equipadas para corresponder ao desafio das mudanças ambientais à medida que as geleiras derretiam, o nível dos mares subia e as florestas voltavam a cobrir a paisagem. Seja qual for a razão, a mudança fundamental no estilo de vida humano foi a maior confiança, em certas partes do mundo, na plantação de cereais, abundantes nos contrafortes das montanhas, e a seleção inconsciente de certas variedades que podiam ser cultivadas nas terras baixas e tinham potencial nas colheitas. As mudanças ocorreram de maneira independente em diversas partes do mundo, mas antes e com maior importância no Oriente Próximo, China, América Central e Peru.Como pode ser visualizados nos seguintes mapas (clique nos mapas para vê-los ampliados) Atualmente nas sociedades industriais a taxa de fluxo gênico é a maior de toda a história da humanidade. De forma resumida as conseqüências cumulativas da revolução agrícola podem ser visualizadas na figura abaixo:
No processo de evolução humana, as pressões seletivas levaram ao aumento do cérebro. A organização e funcionamento desse cérebro estão codificados no DNA No homem os genes delegaram ao cérebro a capacidade de interagir com o ambiente e modificá-lo através da cultura, que por sua vez, evolui muito mais rapidamente que os próprios genes. |