Jornal Nosso Câmpus - Ano X ed. 36 - novembro de 2017 - page 9

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QUEMSOUEU:
Mestrando no Programa de Pós-Gra-
duação emHistória da FCL - Assis e tam-
bém graduando do curso de Letras, sou
membro do Núcleo de História Econô-
mica da Faculdade de Ciências e Letras
(UNESP/Assis) e membro dos grupos
de pesquisas Religiões e Trajetórias das
Experiências Missionárias em África: Ar-
quivos, Acervos e Pesquisas sediado na
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Hu-
manas (UNIFESP), Núcleo de História da
África Contemporânea (UNIFESP) e Eco-
nomia e Política dos Impérios Ibéricos
(sécs. XV-XX) da Cátedra Jaime Cortesão
(FFLCH/USP). Fui editor-chefe daRevista
Faces da História - Revista Discente do
Programa de Pós-Graduação deHistória
UNESP-Assis no ano de 2017. Trabalho
com os temas colonialismo, imperialis-
mo, neocolonialismo, discurso político e
colonial.
Pensando o Centenário
da Revolução Russa
ESPAÇO DISCENTE
Ao comemorar ou rememorar um aconte-
cimento histórico nos perguntamos qual foi o
impacto dele em nossa sociedade. Em 2017,
ano do centenário da Revolução Russa, diver-
sos eventos e debates foram realizados em
decorrência da data. Afinal, por que comemo-
rar esse acontecimento?
Em 1917, a Rússia era um país fortemente
atrasado comcaracterísticas “feudais”,mas re-
alizou a primeira revolução socialista daHistó-
ria. Esse acontecimento tornou-se referência
para a classe trabalhadora de outros países
demonstrandoumapossibilidade concretade
contestação ao sistema de exploração capita-
Thiago Sampaio
Foto: Arquivo pessoal
lista. Diversos países nomundo commedo da
“sombra socialista” tiveram que modernizar e
garantir os direitos aos trabalhadores.
Anos após aRevolução, aRússia tornou-se
a União Soviética e teve umpapel fundamen-
tal na História Global no “breve século XX”,
com sua contribuição primordial para a derro-
ta do nazismo na Segunda Guerra, sua influ-
ência nos movimentos de libertação colonial
na Ásia, África e Oceania, sua ajuda a militan-
tes para contestar a forte influência dos EUA
na América Latina, seu apoio a revoluções em
diversas regiões do mundo como Cuba, Viet-
nã, China, Coreia, Angola e Moçambique, e
sua inspiração para pensadores e intelectuais
que refletiram sobre o sistema social vigente
e suas contradições. Entretanto, pensar no le-
gado soviético é refletir também sobre suas
contradições internas como os gulags, o stali-
nismo e perseguições aos opositores do regi-
me. Não é possível imaginarmos a História do
séculoXXsemaUniãoSoviética.
CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO NA SEMANA DE HISTÓRIA
Diante do Centenário da Revolução, no último mês de outubro, foi realiza-
da a XXXIII Semana de História “Pensando os Cem Anos da Revolução Rus-
sa”, evento tradicional promovido anualmente pelo Departamento de Histó-
ria, da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP/Assis.
Coordenado pelo professor Paulo Cesar Gonçalves e o mestrando em His-
tória, Thiago Sampaio, tal evento extrapolou as fronteiras do estado de São
Paulo, alcançando pesquisadores de estados como Paraná, Rio de Janeiro,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão, entre outros. A proposta da
XXXIII Semana de História da UNESP/Assis foi debater o processo revolucio-
nário de 1917, enfocando seu legado no século XX e o desmantelamento do
socialismo soviético. O evento lançou, aos convidados (historiadores, cientis-
tas sociais, economistas e antropólogos), que se integraram à comunidade
acadêmica docente e discente da UNESP – graduandos e pós-graduandos –,
um desafio para refletir sobre os cem anos da Revolução Russa e difundir o
conhecimento histórico acumulado mediante pesquisas de alto nível.
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