ação de histórias para crianças
a e assegurar a ampliação do horizonte literário
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Nosso Câmpus
agosto/2012
O Projeto possibilita aos alunos o contato com a realidade da
sala de aula e da escola
AL
Sandra Aparecida Ferrei-
ra, do Departamento de
Linguística. Além disso,
o projeto tem a coor-
denação de Lindomar
Fátima Costa da Silva
Poletto e Inez Barchi Fe-
lisardo, ambas do Centro
de Pesquisa e Psicologia
Aplicada (CPPA). No
ano passado, o professor
Ceccant ini ministrou
um curso de formação,
com o auxílio de alguns
professores, mestrandos
e doutorandos. O curso
visava a auxiliar os es-
tudantes do projeto na
maneira de lidar com
as crianças e expandir
as técnicas da contação.
Alémdisso, o grupo tam-
bém possui apoio teórico
e metodológico, com di-
versos estudos e pesqui-
sas acerca do tema.
Uma das convidadas
do curso foi a professora
Eliane Aparecida Galvão
Ribeiro Ferreira, do De-
partamento de Linguís-
tica da UNESP/Assis. A
área de pesquisa dela é
a respeito da formação
de leitores e, devido ao
seu interesse, indireta-
mente tornou-se uma
colaboradora do projeto.
Eliane ministra as aulas
da disciplina de Língua
Materna para os pri-
meiranistas do curso de
Letras. Dessa forma, viu
uma oportunidade de fa-
zer com que seus alunos
tivessem contato com a
literatura infantil e juve-
nil, além da experiência
da contação. Há três anos
a professora desenvolve
essa atividade em escolas
ou instituições de Assis, e
a escolhida no primeiro
semestre de 2012 foi a
ONG Braços Abertos.
A ONG Braços Aber-
tos surgiu em 2006, pela
iniciativa de um norte-
-
americano que, em vi-
sita a Assis, quis buscar
uma melhoria na qua-
lidade de vida de crian-
ças e jovens negligen-
ciados pela sociedade.
A Organização atende
crianças de baixa renda,
moradoras de bairros
da periferia da cidade e
que, muitas vezes, não
possuem uma boa estru-
tura familiar. A Braços
Abertos disponibi liza
espaços às crianças, onde
elas podem desenvolver
atividades esportivas e
artísticas, além recebe-
rem apoio educacional.
O trabalho é voluntário,
quem quiser ajudar ou
participar será bem rece-
bido e não há finalidades
lucrativas.
Os estudantes do pri-
mei ro ano de Let ras
participaram do café da
manhã com as crianças
e, posteriormente, divi-
diram-se em grupos para
realizarem a contação.
De acordo com o res-
ponsável pelo projeto em
Assis, Marcelo dos Reis
Vieira, as crianças ficam
muito felizes com a con-
tação e esperam todo ano
ansiosas por essa ativida-
de. A contação desperta
o interesse delas pela
leitura, bem coo propicia
uma vivência produtiva
com os estudantes que
contam as histórias.
Essa é a mesma sen-
sação que os estudan-
tes do projeto “Contan-
do Contos, Amarrando
Pontos” relataram. De
acordo com Diego, um
dos estudantes que par-
ticipa das contações, “é
uma experiência mágica”.
Ele contou a respeito de
uma sala de aula em que
as crianças eram muito
quietas, não se manifes-
tavam, permaneciam um
tanto quanto apáticas
em relação às atividades
que eles faziam. No de-
correr do ano letivo, eles
foram criando vínculos
e se transformando a
tal ponto de, no final do
ano, as próprias crianças
organizarem-se para en-
cenar uma peça de teatro
na escola. Para Diego, a
contação não é apenas
um ato de ir até a escola
e ler determinado livro,
mas é ter a convivên-
cia com a realidade de
uma sala de aula e com
a escola. O estudante
afirma que, por meio do
Projeto, pôde aprender a
contornar dificuldades e
lidar com questões buro-
cráticas, ter criatividade
na busca de soluções e,
sobretudo, interagir com
as crianças.
Foto: Arquivo Pessoal
A contação de histórias desperta o aspecto lúdico e criativo nas crianças
Foto: Arquivo Pessoal
