Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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se conhecidos e começaram a atrair os estudantes de outras plagas.
Funcionaram como portas de entrada para novos forasteiros que
se somavam a tantos outros, que vinham seguindo as rotas abertas
pelo processo de interiorização de repartições da administração e
dos serviços públicos.
Cabe lembrar que a cidade de Assis, durante um bom pe-
ríodo de sua história, se fortaleceu como pólo regional da adminis-
tração do Estado de São Paulo. Diversos órgãos da administração
pública direta e autarquias estabeleceram repartições na cidade, as
quais empregavam muitos funcionários e representavam uma con-
siderável fonte de renda para o município. A própria FAFIA, pos-
teriormente UNESP, foi uma instituição pública cujo orçamento
representava uma respeitável entrada de recursos, tanto pela folha
de pagamento de seus funcionários como pela compra de materiais
e equipamentos necessários para seu funcionamento.
Docentes e funcionários técnico-administrativos sempre
gozaram do prestígio assegurado por um salário razoável e pontual.
Aliás, os funcionários técnico-administrativos, desde o início, re-
presentavam o elo mais forte de ligação entre a comunidade univer-
sitária e a cidade. A grande maioria era natural da própria cidade
o que, no entanto, não era suficiente para diluir ou minimizar pre-
conceitos, a despeito do paradoxo que se estabelecia nas relações da
cidade com a Faculdade: por um lado era desejada como preciosa
fonte de entrada de recursos do Estado, por outro, era a renegada
Geni
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,
acusada de ser um poço da imoralidade.
Havia, no fundo, um relacionamento ambíguo, marcado por
sentimentos de admiração e desprezo, cordialidade e exasperação,
aceitação e rechaço, valorização e execração e tantos outros laços
ambíguos que marcam, na verdade, vínculos afetivos intensos.
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Nome dado por Chico Buarque, em uma de suas canções, a uma personagem
que representa uma prostituta renegada e execrada por toda cidade. No entanto,
essa mesma cidade que a renegava, em certa ocasião, quando foi invadida por um
terrível e ameaçador Zeppelin, lhe roga humildemente para deitar-se com seu
poderoso comandante para livrar-se da ameaça de destruição.
