comenta sobre o mundo: “O calor do verão é melhor que o inverno.
Mas a primavera é a melhor de todas.”
O contraste dessa observação sobre as possibilidades da Na-
tureza e a situação dos seres humanos nummundo às vezes melhor,
de um lado, com o clima reinante de pavor naquela sociedade e a
angústia da infrutífera busca de Antonius por Deus, de outro, é um
importante índice sobre portadores de alternativas diante daquelas
violências e sofrimentos. É nas pequenas coisas (morangos e leite,
sucessão das estações do ano, generosidade de uns para com os ou-
tros) que a condição humana pode se realizar e continuar. Mas essas
conquistas não são fáceis, há estruturas de poder que são irmãs da
Morte na tarefa de impedir-lhes a realização.
Em seguida, Plög se aproxima do grupo (para medo de Joff,
que o reconhece como o primeiro agressor da taberna), e finda se
integrando a ele, depois de reclamar de suas desditas – o abandono
por Lisa –, e ouvir de Jöns: “O amor é a mais negra das pestes”.
Essa passagem tão feliz do filme – apesar da amarga conclusão do
escudeiro - é abalada quando a Morte pergunta a Antonius se ele
e Jöns escoltarão os atores mambembes na próxima etapa de sua
viagem. Block entende que a pergunta é uma ameaça contra aquela
família, e fica muito perturbado. Mas o novo percurso se inicia. O
grupo encontra com Lisa (agora usando o nome de Kunegunde) e
Jonas Skat, ela encena amor pelo marido e rejeição do amante, Jonas
representa um suicídio – depois transformado em morte real, pela
ação da adversária de Block no jogo de xadrez.
No meio da noite, Antonius joga com a Morte e todos vêm
apenas o cavaleiro. Todos, exceto Joff, que identifica a Morte ali e
pede à mulher para fugirem o quanto antes, junto com o filhinho.
Block vê os três indo embora, e mantém conversa com aMorte, para
que ela não perceba o que está acontecendo. Através de Joff, por-
tanto, a Arte vê a ameaça e consegue ludibriá-la, ultrapassá-la. E
o cavaleiro ajuda o trio a escapar, entretendo sua oponente de jogo;
antes, Jöns garantira a vida de Joff. Esses dois homens findam se
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Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
