Page 194 - A trajetória da Faculdade de Ciências e Letras de Assis nos desafios educacionais do ensino superior: entre o passado e o futuro

tornando aliados da Arte e da vida. AMorte dissera a Antonius que
nada lhe escapava, e algo escapou. Block, por sua vez, informara à
Morte: “Quero usar o pouco tempo que tenho para fazer algo de
bom”. Foi bem sucedido nesse intento.
Joff e os seus enfrentam terrível tempestade, na estrada.
Block chega, enfim, a sua casa, com os acompanhantes de jornada,
encontra a mulher – Karim -, que o recebe carinhosamente. Em se-
guida, a Morte aparece, para levar o grupo ali reunido. Antonius
invoca Deus, inutilmente e ouvindo o amargo sarcasmo de Jöns. As
mulheres, em contrapartida, recebem a morte com maior serenida-
de.
De todas as personagens, sobrevivem apenas os pobres ar-
tistas ambulantes, Mia e Joff, seu pequeno filho Mikael e o cavalo,
num novo dia belo e ensolarado, caminhando pela estrada afora: a
Arte vence a Morte (com o apoio do angustiado Block e do corajoso
Jöns), os humildes continuam como uma espécie de núcleo que res-
tou - e pode se ampliar - da humanidade.
O sétimo selo
,
como obra de Arte, é uma voz de beleza e crí-
tica no mundo de sua contemporaneidade, também organizada ao
redor da Morte. Uma voz que reafirma o poder da Arte.
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Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?