Page 179 - A trajetória da Faculdade de Ciências e Letras de Assis nos desafios educacionais do ensino superior: entre o passado e o futuro

Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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sultou em
Byron no Brasil,
publicado em 1974 (São Paulo: Ática,
1974);
como o de Maria Cecília de Queiroz Pinto que, em 1972,
apresentou seu doutoramento intitulado
Vie sauvage
:
parallèle entre
Chateaubriand et Alencar
;
como o de Maria Alice de Oliveira Fa-
ria, ex-professora de Literatura Brasileira desta Faculdade, que, no
final dos anos ‘60, cuidou da vinculação entre Musset e Álvares de
Azevedo, estudo que publicou em 1973 com o nome de
Astarte e a
espiral
(
São Paulo: Conselho Estadual de Cultura-Comissão de Li-
teratura, 1973) e como o de Nites Terezinha Feres, de quem tenho
o orgulho de ter sido colega nesta mesma Faculdade, uma das pri-
meiras a trabalhar no acervo de Mário de Andrade, na companhia
deTelê Ancona Lopes e de Maria Helena Grembecki. Suas
Leituras
francesas de Mário de Andrade
(
São Paulo: IEB/USP, 196?) resul-
tam de sua passagem pela Faculdade de Letras de Assis.
Na esteira desses colegas vieram outros, tempos depois, que
não mais se contentavam em identificar
influências
,
um termo que
caiu em desgraça depois do advento de teorias mais recentes, que
entendem o texto literário como um estuário de vozes herdadas,
cuja composição depende da maior ou menor habilidade e talento
de quem o tece, elabora, constrói.
Inúmeros exemplos poderiam ser arrolados neste sentido,
mesmo cometendo o risco da injustiça ao saltarmos o nome de ou-
tros. No entanto, se o risco é inerente à listagem, maior será ele se
deixarmos de concretizar uma tendência por pudor ou receio. Daí
que, a título de exemplificação, nos lembrarmos de alguns trabalhos
como o Arlete Cavalieri, que se ocupou das
Projeções da vanguarda
teatral russa sobre o modernismo português
;
o de Bruno Gomide, que
estudou a propagação do romance russo no Brasil, a partir de 1880
(
Da estepe à caatinga
:
o romance russo no Brasil [1887-1936]. Cam-
pinas: UNICAMP/IEL, 2004); o de Concepción Piñero Valverde,
interessada no contacto de Juan Valera com o Brasil (
Don Juan Va-
lera y Brasil:um encontro pioneiro
.
Sevilha: Qüásyeditorial, 1995); o
de Gilberto Pinheiro Passos, que já nos deu, se não me falha a me-