Page 123 - A trajetória da Faculdade de Ciências e Letras de Assis nos desafios educacionais do ensino superior: entre o passado e o futuro

Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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no Departamento e na ANPUH (Associação Nacional dos Profes-
sores Universitários de História). Depois do falecimento do Profes-
sor Simões de Paula, seu primeiro Presidente, e primeiro Diretor
de Marília, essa entidade de historiadores que hoje reúne, bianu-
almente, em torno de 5.000 participantes, era dirigida por Alice P.
Cannabrava. Tive a confiança dela e da comunidade, sucedendo-a
no ano de l981. Eu já havia sido diretor da regional São Paulo por
dois mandatos de dois anos, após refundá-la emmeados de setenta,
juntamente com Raquel Glezer (USP) e Euclides Marchi (PUC).
Nessas integrações de categoria profissional foi fundamental ser da
UNESP de Assis. O início de minhas participações em seminários
internacionais foi convite de um dos fundadores da ANPUH, José
Roberto do Amaral Lapa, professor de Marília a quem devo muitas
homenagens. Cheguei a sucedê-lo por sua indicação e de Francisco
Iglesias (UFMG) – outro grande interlocutor e mestre em minha
carreira – como Diretor da ADHILAC (Associação de Historia-
dores Latino-Americanos e do Caribe), com sede em Cuba, onde
estive em Congressos (o primeiro em Bayamo – lá fui eleito) e reu-
niões de Diretoria por várias vezes – partindo o avião da Argentina
na época da Ditadura. Voltei à Ilha quando integrei, em 1994-97,
o Conselho Diretor da AUIP-Associação Universitária Ibero-ame-
ricana de Pós-Graduação (segunda metade da década de 90), com
sede em Salamanca, indicado pelo Ex-Reitor Antonio Manoel dos
Santos Silva. Essas funções acadêmico-administrativas deram-me
muita experiência e oportunidade de divulgar o nome da UNESP e
do Câmpus de Assis e de conhecer universidades da Europa, Amé-
rica Latina e do Norte
Voltemos ao cotidiano do câmpus, inserido na conjuntura.
Ministrei aula de Cultura Brasileira para o Curso de Letras e, como
responsável por História do Brasil, tive que coordenar “Educação
Moral e Cívica”, mas naturalmente invertemos o viés que os mili-
tares objetivavam. Logo após inventaram a “licenciatura curta de
Estudos Sociais”. Resistimos, a briga foi boa e restauramos Histó-