Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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ria, esta sim, uma ciência crítica e formadora. O Câmpus lutou por
Cursos também no período noturno, uma vitória para aqueles que
trabalhavam durante o dia. Tivemos turmas ótimas. No decurso
dos anos, os professores do Departamento de História tomavam ru-
mos diversos. Virgílio foi com o Professor Morejón fundar a ECA
(
Escola de Comunicações e Artes) da USP. Belloto revelara-se ex-
celente administrador e foi Diretor do Instituto de Artes, de Marí-
lia e novamente de Assis. Sua atuação equilibrada, democrática e
generosa me serviu muito de modelo. Nilo e Bernardo foram para
Araraquara a exemplo de Wilcon Jóia Pereira da Filosofia; Pinsky
foi para a Unicamp, após árduas batalhas, no período que antece-
deu a transformação dos Institutos Isolados em Universidade, em
1976.
Esse processo foi de muito confronto e sofrimento entre as
pessoas envolvidas. O grande problema que enfrentamos era o
da fusão de cursos (“não duplicação de recurso”, mas os critérios
eram desiguais). Lutamos muito para manter os cursos de História
e Psicologia, reivindicado o segundo pela Medicina de Botucatu.
O excelente curso de História de Marília foi absorvido por Assis.
Letras também. Tivemos muita “garra”, mas posteriormente as au-
toridades centrais transferiram o Curso de Filosofia para compen-
sar Marília. Presidente Prudente teve enormes perdas: Geografia e
Ciências Sociais. As Humanidades foram muito prejudicadas. As
ciências tecnológicas e biomédicas foram menos afetadas. Poste-
riormente, enfrentamos grande batalha e vencemos. Conseguimos
criar a Pós-Graduação em História. As forças “centralizadoras” de
então, pouco democráticas, diga-se, queriam a pós-graduação em
Franca. Argumentamos e negociamos. Mesmo aparentemente mais
fracos, tínhamos tradição de embate político e o utilizamos.
O corpo docente ia se renovando. Em História, vários in-
dicados do mestre França, Novais e Mota tiveram boas estadas
em Assis. Nossos ex- alunos iam se titulando e integrando o cor-
po docente (Glacyra Lazzari Leite foi minha melhor aluna, entre
bons outros estudantes) e juntavam-se a professores que vinham
