Page 119 - A trajetória da Faculdade de Ciências e Letras de Assis nos desafios educacionais do ensino superior: entre o passado e o futuro

Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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mensão muito importante de ampliação cultural, de contatos e dis-
cussões bastante politizadas. Filmes como “Vidas Secas” mobiliza-
vam uma gama de problemas. Tínhamos a facilidade de trazer para
cursos e conferências gente do nível de Jean Claude Bernardet, João
Baptista de Andrade, o saudoso Luís Sérgio Person, entre tantos
outros. Também tive oportunidade de participar de jograis organi-
zados pelo Professor Antonio Lázaro de Almeida Prado, de erudi-
ção excepcional, e conheci mais de perto os textos de Guimarães
Rosa e Fernando Pessoa. Tempos depois melhoraria o meu Francês
com Onosor Fonseca, bom e atuante professor. Havia atividades
culturais em boa quantidade. Importante é salientar que docentes e
discentes participavam de todos os eventos.
Minha vida no Departamento de História foi adquirindo
cada vez mais intensidade. Começo de vida universitária e as res-
ponsabilidades seguiam se acrescentando. Representar o Departa-
mento emórgãos colegiados do câmpus e, poucomais tarde, a chefia!
Fui paraninfo da segunda turma de formandos, para meu espanto e
muita satisfação. E isso em meio a viagens para Pós-Graduação na
USP, congressos da ANPUH (Associação Nacional dos Professores
de História), regional São Paulo e Nacional, SBPC, cursos de pro-
fessores estrangeiros, especialmente franceses. O amadurecimento
tinha que ser feito, ainda que de forma muito rápida. Mas, tudo isso
acontecia com muito entusiasmo e mobilidade que só a juventude
permite. Meus contatos com o Departamento de História da USP
e amizade com Carlos Guilherme Mota e Fernando Novais, além
do Professor França e Emilia Viotti abriam-me horizontes e repre-
sentavam grandes incentivos. O Departamento foi se completan-
do. A vinda de Anna Maria Martinez Corrêa enriqueceria profun-
damente o nosso curso e o nosso grupo. Jayme Pinsky e Antônio
Carlos Bernardo completariam o quadro básico do primeiro decê-
nio do curso de História. Bernardo também seria muito importante
quando se fundou a ADUNESP e a Pós-Graduação em História.
Com Pinsky, que eu conhecera ainda na graduação em congresso