Página 6 - Jornal Nosso Câmpus - Ano VI ed. 8 - julho de 2012

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DIREITOS HUMANOS
6
Nosso Câmpus
julho/2012
Drogadição é tema de conferência
que debate direitos da criança
Nayana Camoleze
No dia 6 de julho, o
auditór io do prédio de
Letras da UNESP/Assis
abrigou o II Seminário da
Criança e do Adolescente
pela Garantia de Direitos –
organizado pelo Conselho
Municipal da Criança e do
Adolescente, em parceria
com a Universidade.
Participou como con-
vidado o desembargador
do Tribunal da Justiça do
Estado Antônio Carlos
Malheiros, professor de
Direitos Humanos da PUC,
que falou sobre “interna-
ção compulsória de jovens
envolvidos com o
crack
”.
“Esse é um tema que
vivi, ao vivo e em cores,
no ano passado, como
coordenador da Infância
e Juventude do Tribunal
de Justiça de São Paulo
(TJ-SP). Tenho observado
que o Judiciário, em mui-
tos pontos do estado, está
distante da população” e
ao fazer a pergunta: “ Por
que não aproximar?” ex-
plicou que a aproximação
é necessária para combater
a drogadição entre crian-
ças e adolescentes.
“O Judiciário fica aguar-
dando um posicionamen-
to da Defensoria Pública
e não age; a ideia é levar
o Judiciário às ruas para
essa aproximação, como
no ano passado, no caso
da “cracolândia”, no Bair-
ro da Luz, em que vi mais
de 2 mil pessoas, entre as
quais muitas crianças e
adolescentes, na madru-
gada, nessa situação de
drogadição, dominadas
pelo
crack
. Isso precisa
ser combatido”, disse, ao
defender a proposta de
mudança na postura do
Judiciário diante do pro-
blema do
crack
. E acres-
O Seminário foi organizado pelos membros do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente em parceria com a UNESP/Assis
Odesembargador Antônio C. Malheiros explorou o tema “internação compulsória” O auditório ficou completamente lotado durante a palestra do desembargador
Foto: Bruno Silo
centou: “A ideia é levar
juízes aos locais onde se
concentram os usuários
da droga e promover uma
audiência ali mesmo, para
definir, junto com equipes
médicas e de assistência
social, o tratamento que
deve ser dado aos depen-
dentes”.
Cláudia Maria Rinhel,
psicóloga da Assistência
Social do município, por
sua vez, enunciou: “Esse
encontro é muito impor-
tante para o município.
Tivemos ao menos 370
inscritos como participan-
tes. É uma oportunidade
para debater questões rele-
vantes sobre os direitos da
criança e do adolescente,
para trocar experiências e
ampliar conhecimentos”.
Foto: Bruno Silo
Foto: Bruno Silo