Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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De uma ciência referida a questões dos grandes centros ur-
banos, metropolitana por excelência, rapidamente avançou para o
interior do Estado de São Paulo e passou a ser uma profissão pra-
ticada em pequenos municípios. Tornou-se presente e familiar nas
urbes de qualquer porte, principalmente pela via dos serviços pú-
blicos. A profissão de psicólogo praticamente passou a integrar o rol
de profissionais da municipalidade.
A FAFIA, portanto, foi uma pioneira na interiorização da
psicologia e, ao criar um curso de formação de psicólogos, deu um
passo bastante acertado e se antecipou bastante no tempo em rela-
ção àquilo que estaria por vir: a grande expansão da psicologia e sua
migração para o interior do estado.
O curso de Assis, dentro desse espírito de pioneirismo, foi
parte significativa da história da psicologia brasileira, nascido ape-
nas quatro anos depois da lei que criou os cursos de psicologia.
Como toda memória, a da psicologia brasileira possui várias ver-
sões, dependendo de quem a conta e dos acontecimentos que vão
sendo destacados na narrativa. Várias trajetórias são possíveis de
serem construídas no tempo, principalmente quando se age nele re-
trospectivamente, procurando a origem de alguma coisa ou o esta-
belecimento de conexões entre algo do presente e seus antecessores.
Numa das versões da nossa memória histórica, consta que
o primeiro projeto de um curso de psicologia surgiu, em 1932, com
a criação do Instituto de Psicologia, ligado à “colônia de psicopa-
tas” do Rio de Janeiro, um manicômio judiciário, subordinado ao
Ministério da Justiça. Esse instituto foi fechado 7 meses depois e
reabilitado, em 1937, com o decreto que organizou a Universidade
do Brasil. Existem versões que destacam a importância de trabalhos
de psicometristas, pedagogos e até de psicanalistas na formação de
uma cultura psi que serviria de base para a oficialização posterior
dessa disciplina como campo de conhecimento específico e como
profissão.
Se nos reportarmos a marcos mais antigos das fundações da
