Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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50
anos do Câmpus – 42 anos do curso de
Psicologia
Prof. Dr. José Sterza Justo
Tomando as palavras
de Caetano Veloso, em uma
de suas letras geniais, falando
de sua chegada a São Paulo,
diria que quando aqui che-
guei, logo me deparei com os
contrastes desse lugar a que,
mal sabia, viria para ficar.
Nada encantador para um
olhar narcisista que acha feio
o que não é espelho. Uma ci-
dade acanhada, plana, que mal se via, pela ausência de edificações
que se destacassem, a não ser a catedral que o recém-chegado avis-
tava, cravada no centro da cidade. Em qualquer direção por onde se
andasse, a paisagem era comum à de qualquer cidade interiorana: a
rua principal, o comércio, os bairros residenciais...
Mas havia nessa cidade algo que a distinguia de muitas ou-
tras. Numa de suas rotas de saída, após terminar as edificações e ini-
ciar-se um capinzal que, servindo de pastagem, prenunciava o fim
do perímetro urbano, havia uma vista surpreendente. Um edifício
portentoso, bastante diferenciado da arquitetura local. Um prédio
majestoso, alongado, de linhas retas, pé direito alto, com exuberan-
tes vidraças. Tão diferenciado era que, segundo o folclore da época,
se a cidade toda fosse soterrada e escavada muito tempo depois, os
arqueólogos teriam dificuldade para entender a presença, nessa ci-
dade, de um prédio com uma arquitetura completamente desgarra-
da dos padrões locais.
Tal como esse arqueólogo teria dificuldade para entender a
presença de um prédio construído no melhor estilo da arquitetura
Foto 6 - Prof. Dr. José Sterza Justo,
2009
