Page 67 - A trajetória da Faculdade de Ciências e Letras de Assis nos desafios educacionais do ensino superior: entre o passado e o futuro

Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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além dos estudos já indicados, a que se proceda também à pesquisa
da vida e criação dos seguintes artistas: Italo Bianchi, que criou a
capa belamente racional da
Revista de Letras
(1
ª fase); Odiléa Hele-
na Setti Toscano e Lila Galvão de Figueiredo, capistas, a primeira,
dos três primeiros volumes da Coleção de Estudos e Ensaios e, a
segunda, de quase todos os outros, e, finalmente Fernando Lemos,
autor do cartaz do II Congresso de Crítica e História Literária de
Assis, de 1961, tornado capa do livro de 1963.
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Sem esquecer, é cla-
ro, a necessidade de investigar a autoria do desenho da expressiva
folha vegetal estilizada”, que foi, durante mais de vinte anos, sím-
bolo da FAFIA e que deixou, de maneira inexplicável, de exercer
essa função justamente agora que a Faculdade de Ciências e Letras
poderia agregar, harmonicamente nela, as duas vertentes de cursos
que a constituem: os de Humanas e os de Biológicas.
Assim, uma das possibilidades que o curso de Letras
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tempara pro-
por certos caminhos consistentes em direção ao futuro residiria no
conhecimento/re-conhecimento de seu passado, principalmente de
como realizou outrora, em Assis, em nível universitário, a dialéti-
ca entre interiorização e internacionalização da cultura, executada
pelos professores pioneiros e oferecida pelo professor Antonio Can-
dido na forma possivelmente de sua melhor execução, seja como
prática formativa e analítica em sala de aula, seja como processo de
reflexão teórica sobre a natureza e função da obra de arte literária.
Com isto, o curso de Letras – integrado em seus dois universos,
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Dos quatro artistas mencionados Fernando Lemos e Italo Bianchi são bastan-
te conhecidos e estudados, havendo já na Internet informações e bibliografia em
quantidade razoável sobre suas vidas e obras. Não é o que sucede com as duas
capistas, que estão a demandar empenho investigativo para que se possa tratar de
suas trajetórias existencial e artística. Os demais capistas não foram pesquisados.
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Para quem ainda precisa melhor ouvir e entender Letras, recomendo a leitura
das seguintes passagens da
Agenda Comemorativa
dos 50 anos: o poema “Canção
excêntrica”, de Cecília Meireles, em “Homenagem aos docentes”, que consta do
dia 13 de janeiro de 2008 e versa o topos do mundo às avessas, e o “Rios sem dis-
curso” (
Educação pela pedra
),
de João Cabral deMeloNeto, posto nos dias 28 e 29
de junho, na parte reservada à “Pós-Graduação emLetras (1979-2008/29anos)”.