Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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Antonio Candido, e o segundo entre 1960 e 1963, e os ex-alunos for-
mados por eles na FAFIA, que passam, a partir já do ano de 1963,
a substituir os mestres pioneiros, em geral requisitados pela USP,
assumindo-lhes as funções por meio de compromissos contratuais,
efetivamente cumpridos, como os de residência emAssis; dedicação
em tempo integral ao exercício das atividades de ensino, pesquisa e
extensão; publicação; ascensão na carreira acadêmica e assunção de
encargos acadêmico-administrativos. Embora quantitativamente
numeroso, o conjunto de artigos e de livros dos professores de Le-
tras de Assis não foi até o momento objeto de investigação, quer fora
de Assis, quer das instâncias de pesquisa do próprio curso de Letras
da unidade universitária, sendo conveniente ressaltar que essa pro-
dução crítica, ao lado da possibilidade de poder ser tema de estudo
particular, enfocando-se cada autor individualmente com toda sua
produção bibliográfica a ser levantada, poderia também ser exami-
nada no quadro das incumbências que foram atribuídas ao grupo e
na moldura das concepções de estudo da obra de arte literária, vi-
gentes então no nível internacional, na área das Letras. Não poderá
também estar ausente, sobretudo no estudo da Coleção de Estudos
e Ensaios, a abordagem dos seus textos da perspectiva da sua difu-
são no mercado, uma vez que, publicados segundo velhos procedi-
mentos das tradicionais edições universitárias brasileiras – edições
subvencionadas a fundo perdido, sem esquema de seleção acadêmia
e sem rede de distribuição e divulgação competitiva no mercado li-
vreiro constituíram-se em autênticos encalhes, restringindo muito
o seu efeito social e contrariando os altos objetivos programáticos
almejados. Aliás, a falta de atenção para a cadeia de circulação do
livro universitário enquanto mercadoria foi um dos elementos li-
mitadores do projeto dos Institutos Isolados de Ensino Superior em
São Paulo, só enfrentado, na UNESP, a partir da segunda metade da
década de 1980, com a criação da Editora UNESP e sua conversão
posterior, nos anos 90, em fundação.
Toda essa produção intelectual está a reivindicar ainda,
