clínico para universitários
e região
são, além de se articular com o estágio em psicologia clínica
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Nosso
Câmpus
novembro/2012
Um dos livros do professor Gustavo, lançado em 2012 pela
Editora Annablume, em parceria com a FAPESP
AL
-
alunos de vários cursos,
com condições pessoais,
econômicas, sociais ou
educativas bem distin-
tas. Isso faz com que a
experiência dos estagiá-
rios seja ainda mais rica,
pois eles têm a opor-
tunidade de interagir
com pessoas diversas.
O interessante é que a
procura por tratamento
aumenta do início para
o final do ano, quando
muitos estudantes estão
à beira de se formar, por
exemplo. Nesse momen-
to, tais questionamentos
vêm mais à tona, pois
se trata de um período
decisivo em suas vidas.
Um dos pontos ob-
servados pelo profes-
sor Gustavo, que atribui
singularidade ao seu
Projeto, é o fenômeno
psíquico chamado trans-
ferência. Trata-se de um
conceito psicanalítico
para designar um tipo de
relação de cunho afetivo,
que permite a geração
de vínculos entre dois
sujeitos. Trazido para
a prática da clínica, ele
permite a possibilidade
do paciente falar sobre
si na presença do outro.
Segundo o professor, é
trazer o que existe do
lado de fora para dentro
da sessão, ou seja, repro-
duzir, na relação com o
terapeuta, o repertório
de relações que o pacien-
te possui em sua vida
cotidiana.
Essa particularida-
de, motivada por uma
pesquisa do professor,
pode ser bastante rica
quando o estagiário está
realmente implicado e
dedicado ao tratamento.
Nesse momento, há uma
relação quase “horizon-
tal” entre paciente e psi-
cólogo, podendo criar
caminhos que facilitem
o atendimento. Além
disso, o professor salien-
ta que é interessante per-
ceber quais podem ser
os efeitos gerados por
tais experiências, uma
vez que o Projeto tem
como objetivo colocar
“
estudantes universitá-
rios para atender outros
estudantes universitá-
rios”.
Para receber atendi-
mento, o paciente pro-
cura o CPPA que re-
passa o pedido para o
coordenador do Projeto.
Durante a supervisão
clínica, que se efetiva
por meio de reuniões
entre o professor e seus
alunos, destinadas ao
acompanhamento dos
casos, realiza-se uma
distribuição dos atendi-
mentos para os estagiá-
rios. Cada um dos gra-
duandos pode clinicar
apenas dois pacientes.
Em seguida, os estagiá-
rios entram em contato
prévio com o paciente
para agendar os atendi-
mentos e o tratamento
começa. A cada sessão
feita, os estagiários tra-
zem relatos da mesma,
para que o coordenador
possa auxiliar no pro-
cesso de clínica.
Ao início de cada ano,
os estagiários vão até
as faculdades de Assis
para fazer a divulgação
do Projeto. O grupo
também realiza discus-
sões teóricas prévias,
para que seja criado
um alicerce antes dos
atendimentos. Porém,
a teoria é de fato esti-
mulada de acordo com
a demanda. Na medida
em que os casos revelam
determinadas questões,
os estudantes recorrem
aos textos teóricos em
busca de suporte.
Esse Projeto contem-
pla os três pilares da
Universidade: ensino,
pesquisa e extensão. No
que concerne ao ensi-
no, o Projeto consegue
agregar aos ensinamen-
tos teóricos da clínica
psicanalítica a aplicação
prática. Já a pesquisa
é feita durante as en-
trevistas, com amparo
metodológico e também
o andamento da ativida-
de. O Projeto, voltado à
comunidade externa, dá
conta da extensão uni-
versitária.
Foto: Editora Annablume
Foto: Mayara Pavanato
Os atendimentos são feitos no Centro de Pesquisa e Psicologia
aplicada - CPPA, no câmpus da UNESP de Assis