Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1958-2008) 50 anos. Por que comemorar?
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O tempo presente
Dra Iraíde Marques de Freitas Barreiro
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Ao falar sobre o tempo pre-
sente, não há como não falar tam-
bém do passado. Desta forma,
coloca-se uma questão: qual a rele-
vância de se recuperar o passado de
modo que, aliado ao tempo presen-
te, não se transforme somente em
uma descrição da minha trajetória
pessoal e profissional? Portanto,
quero falar de como a nossa exis-
tência individual e profissional vai
sendo tecida pela cultura institucional em que estamos inseridos,
implicando em mudanças recíprocas.
Destes 50 anos da Faculdade, já vivenciei muitos deles aqui;
inicialmente como aluna do curso de Psicologia, quando ingressei
em 1977 e, posteriormente, como professora, desde 1985. Logo,
cabe perguntar como a minha existência individual e profissional
tem sido tecida pelas vivências institucionais e como esta trama tem
contribuído para minha formação e para o desenvolvimento desta
Faculdade, com vistas ao seu crescimento físico e educacional e à
ampliação do espaço democrático para um melhor encaminhamen-
to de suas decisões? E ainda: qual a relevância da minha narração
como forma de transmissão de conhecimentos e da minha memória
às novas gerações?
No Brasil, desde a sua exploração como colônia dos portu-
gueses até tempos recentes, a oralidade constituiu-se em uma forma
de transmissão de experiências. Os mais velhos detinham arquivos
preciosos de experiências e saberes construídos durante a vida, de
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Professora no Departamento de Educação da Faculdade de Ciências e Letras –
Assis – UNESP e na Pós-Graduação em Educação na UNESP – Marília.
Foto 11 - Dra Iraíde Marques
de Freitas Barreiro
