La Voz del Interior 10/07/2003
A mulher retratada por Maitena esta perdida embaixo de tantos documentos que
se acumulam em seu escritório, tentando, constantemente, se defender do grosseiro do
chefe, indivíduo que não entende a sensibilidade feminina. Como se não bastasse, ela
deve pensar na hora da chegada em casa: se a comida estará pronta para os filhos e
marido, se a empregada teria vindo a fazer a limpeza, e, por ultimo, dar graças às forças
divinas quando ninguém fica doente. Tudo isto lhe parece muito distante dos ideais com
os quais ela tinha sonhado. Algumas destas preocupações aparecem no dialogo entre
duas amigas na qual uma relata o enfrentamento que teve com seu chefe:
Então eu falei
que estava farta de misturar minhas emoções nas relações de
trabalho e que não
suportava mais ser considerada uma louca, uma tola ou uma pobre mina
...... A resposta
da amiga foi de total aprovação, mas também de dúvida, ao sentir que sua amiga estava
insegura de ter conseguido bons resultados com essa sua atitude. A resposta da primeira
foi então:
ela tinha dito tudo aquilo chorando.
A autora toca em questões que são
vividas de perto por milhões de mulheres que trabalham fora oito horas ou mais por dia,
e que desempenham o papel de mãe, de esposa, de dona de casa. Ante essa realidade, a
