Maitena vivenciou de perto a trajetória de luta da mulher para conseguir
sair do âmbito privado para o profissional, tarefa nada fácil, pois a cada dia exigia mais
dela. A mulher quando ficava só no calor do lar, no cuidado com os filhos, era infeliz,
porque desejava progredir, evoluir, estudar, trabalhar, ter independência econômica, etc,
e agora que conquistou tudo aquilo, sente que carrega tanto a responsabilidade do lar, da
maternidade e do desempenho profissional, como também a de provedora, que não
consegue ver com clareza a vantagem de tanta luta, de tanto peso nas suas costas. Por
isso, numa de suas tiras,
uma amiga pergunta a outra: que si é verdade que a ela ser
mãe e trabalhar fora não lhe causa culpa. A amiga lhe responde negativamente e que
só tem a sensação de que cada vez que faz algo, acha que deveria estar fazendo outra
coisa.
La Voz del Interior 01/08/2003
