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MÚLTIPLOS OLHARES

 


 
  A UNESP E A CIDADE
OS LUGARES DA MEMÓRIA
 
   

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múltiplos olhares

 


 
  OS PATRIMÔNIOS DA CIDADE:
OS PRÉDIOS HISTÓRICOS



SÍMBOLOS DO PODER EM ASSIS: A CÂMARA MUNICIPAL E O FÓRUM A MEMÓRIA VITORIOSA


Dra. Janete Leiko Tanno

[FOTO: Câmara Municipal de Assis - 1920]

Em dezembro de 1917, Assis tornou-se município e, portanto, obteve a prerrogativa de constituir sua primeira Câmara Municipal e organizar sua vida administrativa. O primeiro prefeito da cidade, eleito pela Câmara, foi o advogado e fazendeiro João Teixeira de Camargo (1918-1920). E, com a transferência da sede da comarca de Campos Novos do Paranapanema para Assis, em 1919, assumiu o fórum, o juíz Vasco Joaquim Smith de Vasconcelos.

Elementos fundamentais na organização social e política de uma cidade, estas duas instituições, a Câmara Municipal e o Fórum, eram os símbolos do poder político e judiciário na cidade e investiam os homens que as comandavam de poder e influência, utilizados não só para os interesses públicos, mas também pessoais.

[FOTO: Fórum de Assis - 1938]

Em Assis, nas primeiras décadas do século XIX, os homens que dirigiam a cidade faziam parte da elite local, formada por fazendeiros, profissionais liberais - médicos, farmacêuticos, advogados - comerciantes, pessoas de alto poder aquisitivo e com formação de nível superior. Além de constituírem a vida pública, social e econômica da sociedade de acordo com seus interesses pessoais e do grupo, construíram também uma memória vitoriosa e exaltadora da sua coragem na exploração do "sertão", que hoje no centenário da cidade, é comemorada e reafirmada, soterrando, porém a de muitos outros.


Referências Bibliográficas:
TANNO, Janete Leiko. Dimensões da sociabilidade e da cultura. Espaços urbanos, formas de convívio  e lazer na cidade de Assis. 1920-1945. Assis, 2003, tese (Doutorado em História), UNESP.
 
 

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OS PATRIMÔNIOS DA CIDADE:
OS PRÉDIOS HISTÓRICOS
 
 
 

Patrimônio Histórico Religioso de Assis
 

 

Alunos do Curso de Extensão “Patrimônio e Memória”

Elicélia de Santana A. Souza, Felipe Victor Lima

João Paulo de Oliveira Carmo, Natália R. Dourado Leme

Wellington Amarante Oliveira

 

[FOTO: Catedral de Assis - 2005]

Criada em 30 de novembro de 1928, a Diocese de Assis tem, em sua história, uma íntima relação com a formação da cidade de Assis. Acompanhando o crescimento do então recém criado Distrito de Paz, a Diocese contou com ampla participação popular na construção de duas das suas principais edificações: o Palácio Diocesano e o prédio da Catedral. Ao primeiro, erguido em fins da década de 1920, e ao segundo, finalizado em 1938, juntam-se o antigo Seminário São José, inaugurado em 1957.

Localizadas no centro de Assis, estas edificações constituem-se em parte importante do patrimônio histórico urbanístico religioso da cidade e são visitadas pela população da região, detendo, em seu interior, inúmeros materiais que fazem parte da história religiosa dos assisenses. A Catedral, por ser um lugar de culto, atende aos seus fiéis que ali acorrem para as missas, para fazerem suas preces, batizados, casamentos e demais atividades pastorais.

[FOTO: Palácio Diocesano - 2005]

Preservar esses patrimônios edificados significa conservar um substrato histórico da cidade, fazendo com que o mesmo permaneça no tempo e no espaço, além de manter viva uma identidade religiosa local. Assegurar o acesso à memória religiosa da população constitui-se em direito à cidadania.

No conjunto de bens culturais produzidos pela humanidade, a arquitetura constitui um testemunho excepcional na formação da memória histórica dos povos e, na formação da identidade. Ela é um testemunho edificado dos modos de vida do homem, não só daqueles que a conceberam na origem, mas também dos que ali viveram através dos tempos e lhe conferiram novos usos e significados.


[FOTO: Seminário São José - 2005] 











Referências Bibliográficas:

CHOAY, Françoise. Alegoria do patrimônio. São Paulo: Unesp, 2001

D’Angelo, Pe. José Carlos; MANOEL, Ivan A. Diocese de Assis: Notas Históricas e Pastorais. Aparecida: Ed. Santuário, s/d.

Diocese de Assis: 75 anos. Revista Comemorativa do Jubileu da Diocese de Assis, 2005

 

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OS PATRIMÔNIOS DA CIDADE:
OS PRÉDIOS HISTÓRICOS


  Baluarte da saúde: há lugar para a memória?
 

Alunas do curso de extensão “Patrimônio e Memória”
Luana Antoneto Alberto
Monise Cristina Berno
História – 3º ano


[FOTO: Hospital Maternidade Nossa Senhora das Vitórias - 1951]

Ao analisarmos o desenvolvimento da cidade de Assis, percebemos que esta esteve fortemente envolvida com as lutas regionais e nacionais travadas ao longo de sua história.

Nessa trajetória, a cidade possui diversos símbolos que materializam e celebram os acontecimentos vividos. Entre estes estão os prédios destinados ao atendimento da saúde pública assisense: Santa Casa de Misericórdia, Hospital Maternidade Nossa Senhora das Vitórias, Hospital Sorocabana e Hospital Regional.

A Santa Casa foi fundada em 1919 e continua ativa ainda hoje. Desde sua inauguração, ela contou com significativo apoio da população, inclusive na luta por melhores instalações, compra de equipamentos e contratação de profissionais capacitados. A instituição participou ativamente de momentos críticos da história do país, prestando atendimento exemplar aos combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932, no qual a cidade esteve engajada, e também às vitimas de outras catástrofes regionais.

 

[FOTO: Hospital Sorocabano - 1951]

Os prédios do Hospital Maternidade Nossa Senhora das Vitórias e do Hospital Sorocabana, ambos inaugurados em 1951, também celebram a memória histórica assisense. O primeiro foi conseguido após grande mobilização popular, visando atender às novas demandas local e regional. Já o segundo, um dos símbolos do progresso representado pela chegada da Estrada de Ferro ao município, está hoje desativado e é um exemplo da reutilização do patrimônio histórico pela sociedade assisense, sendo hoje sede do Colégio Ipê. Já o edifício do Hospital Regional, antigo Hospital Distrital, nasceu para complementar o atendimento da Santa Casa, em 1972.

[FOTO: Santa Casa de Misericórdia - 1919]

 













Referencias Bibliográficas:

SILVA, Leone F. da. Santa Casa (1930 – 1989). Assis: [s.n.], 1989.

DANTAS, Arruda. Memória do patrimônio do Assis (História). São Paulo: Ed. Pannartz,1978.

CHOAY, Françoise. A Alegoria do Patrimônio. São Paulo: Ed. UNESP/Estação Liberdade, 2001
 

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OS PATRIMÔNIOS DA CIDADE:
OS PRÉDIOS HISTÓRICOS

 

A INSTRUÇÃO PÚBLICA

Drª Emery Marques Gusmão – Depto de Educação da FCL 



[FOTO: Gymnasio Municipal Oficializado - Assis - 1937]

No início do século XX, Assis afirma-se como sede política e administrativa do distante “sertão do Parapanema” e, deste modo, foi premiada com instituições escolares “modelo” que ofereciam um ensino “moderno” pautado em métodos e conteúdos “científicos”. Diferentemente da maioria dos grupos escolares e ginásios oficiais, instalados em prédios grandiosos construídos pelo governo paulista na capital do Estado ou cidades próximas, o primeiro Grupo Escolar de Assis, que posteriormente passou a chamar-se “Dr. João Mendes Jr”, veio transferido de Campos Novos Paulista, em 1919, juntamente com a sede da comarca, e funcionou em prédio improvisado por mais de uma década. Embora instalado em uma construção de pau a pique, na praça D. Pedro II, local onde se localiza atualmente o Centro Cultural Dona Pimpa, formou os filhos das mais abastadas famílias, abrigou o Cinema Educativo e a primeira biblioteca organizada da cidade.


[FOTO: Grupo Escolar de Assis (1919),  posteriormente "Dr. Mendes Júnior" (1935)]

Somente foi transferido para o seu atual prédio, localizado na praça São Paulo, no ano de 1941. Já o ensino secundário foi introduzido em 1937, por meio de um contrato da prefeitura municipal com o Ginásio Paulistano da capital do Estado. Vitor Mussumessi, renomado autor de livros didáticos, foi diretor da escola que, nas suas origens, funcionou em prédio cedido pela Câmara Municipal, localizado na praça Arlindo Luz, onde hoje se localiza o cinema da cidade. Na década de 1940, o governo do Estado cria a Escola Normal Oficial de Assis e incorpora o Ginásio existente, com a condição de que a prefeitura construísse um prédio adequado para a futura escola estadual. Os fundos arrecadados pela população local viabilizaram a construção do prédio da atual EE Carlos Alberto de Oliveira, que, desde os anos 40 até o início da década de 1960, abrigou a Escola Normal e Ginásio Oficial Anhaia Mello, então chamado de Instituto de Educação. Atualmente denominada EE Clybas Pinto Ferraz, a primeira escola secundária de Assis, afirmava-se como um centro de excelência em termos educacionais e suas vagas eram bastante disputadas.  
 

Referências Bibliográficas:

BARBOSA, Raquel Lazzari Leite. A construção do “herói”. Leitura na escola: Assis-SP-1920/1950. São Paulo: Ed. UNESP, 2001

DANTAS, Antonio de Arruda . Memória do patrimônio de Assis: história. São Paulo: Pannartz, 1978.

SILVA, Ricardo Silloto. Urdiduras e tessituras urbanas: na história das cidades, a estruturação territorial de Assis. Assis, 1996. Doutorado em História, UNESP.

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OS PATRIMÔNIOS DA CIDADE:
OS PRÉDIOS HISTÓRICOS

 
  Centro Cultural Dona Pimpa

 Alunas do Curso de Extensão “Patrimônio e Memória”
Thaís Cristina Gonçalves
Vilma da Silva Campos

[FOTO: Centro Cultural Dona Pimpa
Antigo Prédio do Fórum]


O prédio, onde funcionava o antigo fórum da cidade recebeu esse nome em homenagem à Maria Lopes de Campos, conhecida como Dona Pimpa. Nascida em Campos Novos Paulista a 10 de setembro de 1909, que dedicou a maior parte de sua vida à musica. Aprimorou seu talento musical em São Paulo, onde aprendeu flauta, piano, violino, canto e pintura. Deu aulas em Paraguaçu Paulista, Echaporã e no Instituto de Educação de Assis (atual E.E. Clybas Pinto Ferraz).Em 1954, fundou o Conservatório Musical Santa Cecília de Assis contribuindo para manter vivas as atividades musicais na cidade por muitos anos.

Em 1988, foi fundado o Centro Cultural Dona Pimpa para onde foi transferida a Biblioteca Pública Municipal “Nina Silva”, atualmente considerada uma biblioteca de médio porte possui cerca de 24.000 volumes no acervo, além de jornais e revistas. O Centro Cultural abriga ainda o projeto de inclusão digital “Acessa São Paulo”; duas salas dedicadas à memória do ilustre bailarino assisense Joshey Leão e da professora Dona Pimpa; espaço para a realização de cursos,  palestras, exposições e outros eventos.

 Referências Bibliográficas:

DE MAIO, M.G.; RUDOLF, M.; D’ AMBROSIO, O. Assis: cidade fraternal. São Paulo: Noovha América, 2003

 

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A MEMÓRIA PRESERVADA E SEUS LUGARES

 
  MUSEU DE ARTE PRIMITIVA DE ASSIS: IMAGINAÇÃO E ESPONTANEIDADE EM PINTORES AUTODIDATAS 

Alunas do curso de extensão: Patrimônio e Memória
Dra. Terezinha Oliveira
Dra. Janete Leiko Tanno
  


[FOTO: Museu de Arte Primitiva de Assis - 2005]

O museu tem sua origem na doação de cerca de 204 obras de artistas primitivistas, realizada por José Nazareno Mimessi, à Prefeitura Municipal de Assis em 28 de fevereiro de 1983. Destas obras, por volta de cem eram assinadas pelo pintor Ranchinho. Tal acervo ganhou um espaço definitivo somente em 26 de setembro de 1999, quando o atual prédio foi inaugurado no Parque Buracão.

O MAPA possui três salas de exposições. Duas são permanentes e uma é destinada à exposição temática temporária. Numa das salas estão expostas diversas pinturas de Ranchinho que são parte do acervo permanente do Museu que conta com cerca de 1300 obras entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e cerâmicas.

Um Museu de Arte Primitiva congrega expressões artísticas de pintores autodidatas, que se utilizam de técnicas rudimentares para dar vazão a sua imaginação, inscrita em cores vivas e em traços espontâneos.  Assim, na sua ingenuidade e sem o conhecimento de técnicas e de normas eruditas de pintura, expressam o que sentem e o seu cotidiano. Considerados pintores da arte Naïf (Ingênua), eles compõem o que há de melhor na arte brasileira e  valorizados por sua autenticidade.  

Referências Bibliográficas:
D’Ambrósio, Oscar – O que é arte Naïf Disponível em 
http://www.artcanal.com.Br/oscardambrosio/

artenaif.htm. Acesso em 03 de outubro de 2005.

SILVA, Marta Dantas. De olho no passado: a pintura de Ranchinho.Assis, 1997. Dissertação (mestrado em História). Faculdade de Ciências e Letras, UNESP.

 

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MEMÓRIA PRESERVADA E SEUS LUGARES
 
 

Ferrovia: Um lugar de memória em Assis?

  

Alunos do Curso de Extensão “Patrimônio e Memória”:
Carla Lisboa Porto
Fábio Paride Pallota
Rita de Cássia Cunha Ferreira
 

 

[FOTO: Estação Ferroviária de Assis - 2005]

As primeiras estradas de ferro no Brasil surgiram no final do século XIX e o primeiro trecho da E.F. Sorocabana foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando chegou ao município de Presidente Epitácio, às margens do rio Paraná. A estação ferroviária de Assis passou a integrar a linha-tronco da companhia a partir de 1914. Em 1926, ganhou um novo prédio e a estação antiga foi adaptada como morada do tráfego, em 1927. Estas construções existem ainda hoje. Nas proximidades fica o bairro chamado Vila Operária, conhecido por sua tradição ferroviária. A estação foi reformada em 1938 e em janeiro de 1999 foi desativada.

Em maio de 2005, a estação, reformada, transformou-se em centro cultural, embora a criação deste lugar de memória tenha ocorrido apenas no papel. Com uma bonita arquitetura do final do século XIX, a estação está trancada e à espera de um projeto para um museu ferroviário local. A deterioração de objetos, documentos, máquinas e mobiliário expostos à ação do tempo, demonstra que não houve uma ação dos órgãos responsáveis para preservar a memória da cidade. 

Referências Bibliográficas:
www.estacoesferroviarias.com.br/a/assis.htm: consultado em 11/08/2005.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História. São Paulo: Revista do programa de Pós Graduação em história, nº 10, p.7-28, dezembro de 1993.

 

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OS CIDADÃOS ASSISENSES E OS
PATRIMÔNIOS CULTURAIS

 
 

AS FESTAS E OS SÍMBOLOS DE SUA IDENTIDADE:
TEATRO EM ASSIS

 Alunos do Curso de Extensão “Patrimônio e Memória”
Sandro de Cássio Dutra
 
 

O espetáculo teatral desde a Grécia Antiga tem se marcado pela sua versatilidade no contexto das nossas manifestações culturais.

Quando a cidade ainda era conhecida como o “povoado do Assis”, referência ao fundador da cidade, o Capitão Francisco de Assis Nogueira, construiu-se um teatro (1921), denominado D. Carlos, em homenagem ao bispo diocesano de Botucatu, então coordenador da diocese da região. Esta construção teatral e as escolas que havia na época foram os locais que acolheram as produções artísticas.

Nestes cem anos, a atividade teatral em Assis caracterizou-se, basicamente, pelo fomento fornecido pelos padres e pelos professores às produções cênicas. A maioria deles, usufruindo da experiência leiga com o teatro, realizou montagens voltadas, principalmente, para a catequese, à educação ou à instrução moral.

Podem-se destacar alguns momentos mais efervescentes da história do teatro assisense, tais como: a) o da formação da Cia de Amadores Paulo de Assis, em 1940, fundada por Paulo de Assis, cujos integrantes estavam vinculados à igreja católica; b) o da constituição do Teatro Amador da Vila Operária (TAVO), criado pelo padre Aloísio Belline, em 1964; c)  ainda o surgimento do Grupo Experimental da FAFIA, ligado à Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Assis, nos anos de 1970. Mais recentemente, grupos independentes e produções de perfis variados marcaram presença no cotidiano da cidade.

Mesmo sendo caracterizado por uma produção instável, efêmera e intermitente, o teatro amador tem sido uma manifestação cultural inerente à    história de Assis.

Referências Bibliográficas:

DUTRA, Sandro de Cássio. Teatro amador em Assis: 1971–1980. Assis, SP: [s.n.], 2004.

 
   




Teatro Municipal "Pe. Enzo Ticinelli" - 2005
 
       
   

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OS CIDADÃOS ASSISENSES E OS
PATRIMÔNIOS CULTURAIS
 
 

OS CIDADÃOS ASSISENSES E OS PATRIMÔNIOS CULTURAIS

As festas e os símbolos de sua identidade: Carnaval 

Curso de extensão “Patrimônio e Memória”
Adilson Macena Teodoro,
Alexander Condreanski Collinet
Deivid Aparecido Costruba
Fábio da Silva Sousa
James Nawiton da Silva Camargo

História, 2º ano  

[FOTO: Corso em Assis - década de 1920]

O Carnaval em Assis é comemorado oficialmente desde 1918. Os dias de folia acabaram tornando-se uma das festas mais tradicionais da região sendo esperado  como atração nas ruas e nos bailes da cidade, com ansiedade pelo povo que participava como público ou como folião.

A celebração envolvia todas as camadas sociais. A elite desfilava no corso e freqüentava os bailes mais requintados, principalmente os realizados no Club Recreativo. Sendo restrita a participação popular nos eventos descritos acima, os menos favorecidos podiam se divertir acompanhando o Bloco da Fumaça e, à noite, bailar na Associação Atlética Ferroviária.

Acompanhando as transformações sociais que o carnaval recebeu ao longo dos anos em todo o país, as sociedades carnavalescas desapareceram, sendo aos poucos substituídas por escolas de samba, como a tradicional Unidos da Vila Operária.

[FOTO: Fabricação de fantasias carnavalescas
Jornal Voz da Terra - 2005]


O carnaval de Assis nem sempre esteve em festa, pois enfrentou problemas políticos (censura), econômicos (falta de investimentos para os desfiles) e morais (as críticas da Igreja e dos conservadores da comunidade). O Carnaval no ano do centenário não foi acessível a todos. Realizaram-se apenas bailes nos clubes, e não houve as tradicionais comemorações de rua na Av. Rui Barbosa, proporcionando integração da sociedade. 

Referências Bibliográficas:
QUEIROZ, Maria I. P. Carnaval brasileiro da origem européia ao símbolo nacional. Ciência e Cultura, v.39.1987.

SILVA, Z.L. O Carnaval nos anos 30 em São Paulo e no Rio De Janeiro (de festa de elite a “brincadeira popular”. História, v.16, Unesp.1997.

TANNO, Janete Leiko, Dimensões da sociabilidade e da cultura: espaços urbanos, formas de convivência e lazer na cidade de Assis (1920-1945). Unesp. 2003.

Voz da Terra,
Assis, 2005; Diário de Assis, Assis, 2005.

 

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PATRIMÔNIO NATURAL

 


 
  O Bosque da Unesp: espaço
público ou não?
 

Alunos do Curso de Extensão “Patrimônio e Memória”:
Guilherme Pereira do Prado
Vandré Ap. Teotônio da Silva

  

O bosque da Unesp de Assis  – constituído por 46 espécies de árvores, na sua maioria palmeiras, imbaúbas, ipês-roxo e vegetação rasteira –  é um dos patrimônios que a cidade possui onde ocorre a convergência de pessoas desde o nascimento da universidade.

[FOTO: Bosque da UNESP]

A preservação da área está sob a coordenação de uma comissão interna de paisagismo, composta por funcionários, professores e alunos. O bosque, hoje, não apresenta sua área original integral, pois foi utilizado para construções prediais do campus, porém sem prejudicar seu valor como patrimônio natural.

Sua utilização é das mais variadas possíveis: desde encontros culturais realizados pelos alunos, almoços, churrascos, festas, música ao vivo e saraus, a cenário fotográfico para noivas e formaturas, espaço para realização de caminhadas e outras práticas esportivas.

Mas nem sempre o uso desse espaço é de livre acesso para os cidadãos. O controle espacial aplicado a ele, leva-nos a pensar sobre o que vem a ser o termo espaço público.

A facilitação do acesso das áreas verdes para o público em geral seria de grande valia se
ocorresse uma maior integração entre as comunidades interna e externa, fazendo, desta
forma, valer mais ainda o que vem a ser o uso do espaço público.

Referências Bibliográficas:
Comissão interna de paisagismo do campus da Unesp de Assis.
Acervo do CEDAP

 

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patrimônio natural

 

 
 

PATRIMÔNIO NATURAL

Estação Ecológica e Floresta Estadual de Assis 

Alunos do Curso de Extensão “Patromônio e Memória”:

Carlos Alberto Menarin/José Francisco dos Santos
Maíra Munhoz/Tatiana Silvério Kapor

História – 4º ano

[FOTO: Vista Parcial da lagoa do Horto Florestal:
lazer e recreação]


A área, onde se encontra-se a Floresta Estadual de Assis, foi criada em 1959, com a denominação Reserva Estadual de Assis, cobrindo 1.815ha, desmembrados do Horto Florestal Jonas Zobrasckis, pertencente, na época, à Estrada de Ferro Sorocabana. Em 1970, foram incorporados à Reserva o restante da área, passando a ter 4.840ha. Pelo decreto 25.927 de 13/05/1986, a Reserva Estadual de Assis passou à classificação de Estação Experimental. Nesse mesmo ano, cerca de 360ha dessa área foi cedida para a criação de uma unidade do Instituto Agronômico (decreto 25.927 de 24/09/1986). Em 1992, parte da Estação Experimental de Assis foi transformada em Estação Ecológica, (decreto 35.697 de 21/09), com 1.312, 38ha visando a preservar uma das últimas áreas de cerrado da região. Para atender às determinações do Sistema Nacional das Unidades de Conservação (Lei 9.985 de 19/07/2000), em seu artigo 55, pela necessidade de
reavaliar e definir a função das Unidades, o decreto estadual 47.098
[FOTO: Vista Aérea da Floresta Estadual de Assis]

de 18/09/2002, reclassificou a Estação Experimental de Assis para Floresta Estadual, com área de 2.816,42ha. Tanto a Floresta Estadual quanto a Estação Ecológica de Assis exercem seu papel social ao cuidar da proteção dos mananciais que abastecem a cidade, bem como dos projetos de recuperação de mata ciliar, pesquisas na área de recursos naturais, educação ambiental e atividades de lazer e recreação. Além dos problemas de erosão, depredação, caça, queimadas, poucos funcionários, o programa de uso público é comprometido pela falta de divulgação e dificuldades de acesso.

Referência Bibliográfica:
ATLAS das unidades de conservação do Estado de São Paulo. São Paulo: Instituto Florestal. 2001.Plano de Manejo da Floresta Estadual de Assis. 2004.
 

 

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