TÍTULO: Jornal da Corte – Folha Política, Comercial, Literária e Industrial.
ENDEREÇO: Rua Gonçalves Dias n° 60 – Nesse Periódico aparece também o seguinte endereço: Rua do Hospício, nº 205.
CIDADE: Rio de Janeiro.
PERIODICIDADE: Diário.
N° DE PÁGINAS: Alguns números contêm duas páginas e outros contêm quatro páginas.
DATAS-LIMITE: 1 fev.1873 a 4 fev.1873 (no CEDAP)
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EXEMPLARES: Ano I – 1 – 4.
REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: F. A. da Costa.
ILUSTRAÇÃO: n/c
COLABORADORES: Carlos Deslys
CARACTERIZAÇÃO: O periódico apresenta colunas fixas que tratam de temas políticos, literários, econômicos, crônicas e assuntos do cotidiano do território nacional. Alguns números possuem duas páginas e outras possuem quatro páginas; não apresenta elementos gráficos em sua estrutura. O periódico contava com as seguintes seções: Gazetilha que trata de temas variados ao território nacional, desde assuntos políticos e emancipação de escravos, como assuntos mais corriqueiros e do cotidiano; Folhetim; Jornal da Corte; Poesia; Interior, que trazia notícias das diversas partes do Império que não faziam parte do “Litoral” (Rio de Janeiro); Agricultura, trazendo dados sobre a produção agrícola do Império; Ciências; Indústria, que trazia detalhes sobre a Indústria no Brasil Imperial, seu desenvolvimento e as novidades na área; Variedade; A Pedido; e Comércio. Contava, em sua estrutura, com anúncios diversos.
DESCRIÇÃO: Na década de 1870, o país passava por uma série de crises políticas e sociais que culminariam no colapso do governo imperial e do regime escravocrata, com a conseqüente abolição da escravatura, em 1888, e a proclamação da República, em 1889. Foi neste contexto de intensa efervescência política e cultural que os jornais despontaram no cenário nacional como instrumentos de luta política por questionarem as instituições brasileiras. Neste contexto surgiu o periódico Jornal da Corte, uma publicação diária que tratava de temas ligadas à política, economia e aspectos do cotidiano do país, bem como literatura. Este período marcou a transferência do eixo econômico do Nordeste para o centro-sul do país, a cafeicultura começava a expandir-se e o Rio de Janeiro consolidava-se como o grande centro urbano brasileiro, onde se concentrava a vida política e cultural do país. Neste sentido o Jornal da Corte veio completar o cenário jornalístico, com publicações que tratavam de literatura, que influenciadas por correntes literárias inovadoras, contrapunham a visão idealizada do Romantismo.