TÍTULO: Leia Livros
ENDEREÇO: No início da publicação: Rua Barão de Itapetininga, 93 - 12º andar.CEP 01042, São Paulo - SP - Editora Brasiliense; e no final : Rua do Pinheiro, 928. CEP 05422, São Paulo - SP - Editora Joruês
CIDADE: São Paulo - SP
NÚMERO DE PÁGINAS: oscilante, dependendo do conteúdo do exemplar, encontramos exemplares com 20 páginas à exemplares com 60 páginas.
DATAS-LIMITE: set. 1980 – abr. 1988 (no CEDAP)
EXEMPLARES: 28; 30-32; 34; 37-38; 40-47; 50-72; 74-75; 77-114
REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: Caio Graco Prado, Cláudio Abramo, Alberto Dines, até 1984 e a seguir, Marilia Andrade e Flávio Andrade.
ILUSTRAÇÃO: Há fotografias e caricaturas, algumas assinadas, outras não. Um dos que caricaturistas é DaCosta (Osvaldo da Costa).
COLABORADORES: Por sempre trazer artigos sobre diversos temas, o periódico compreende um numero grande de colaboradores, dentre eles, muitos que fizeram a cena do intelectualismo brasileiro no final do séc. XX e personalidades em destaque tanto na cena política quanto artística. Caio Prado Jr., Antonio Carlos Brito, augusto de campos, Luiz Maklouf Carvalho, caio Fernando Abreu, Reinaldo Moraes, Francisco Hardman, Ana Cristina César, Paulo Roberto de Almeida, Lulla, Fernando Henrique Cardoso, Alberto Dines, Caio Túlio costa, Daniel Piza, Ferreira Gullar, Maria Yedda Leite Linhares, Raymundo Faoro, Rinaldo Gama, Fabio Lucas, Marco Antonio de Menezes. (tem mais populares)
CARACTERIZAÇÃO: Apresenta-se basicamente separados em 3 partes: Chamadas (indicações e críticas), Artigos, Gerais (cartas, lançamentos, os mais vendidos). O jornal Leia Livros apresenta em suas publicações assuntos como Crítica Literária, Política, Sociologia e diversos outros campos como física e economia. Enfim, um jornal bem amplo com comentários de diversos pesquisadores, escritores, políticos e demais personalidades.
DESCRIÇÃO: Fonte de diversas pesquisas sobre imprensa e intelectualismo brasileiro nos anos 80, Leia Livros ajudava a promover não somente a cultura literária brasileira como também trazia um balanço sobre a atualidade estrangeira em publicações e novidades literárias.
O Jornal Leia foi fundado em 1978 por Caio Graco Prado, Cláudio Abramo e Caio Túlio Costa. Caio Graco Prado, então com 46 anos, dono da Editora Brasiliense utilizou-se de um pequeno espaço para começar o novo projeto que resultaria numa das maiores e mais populares publicações de crítica literária e assuntos que permearam a cena intelectual brasileira e mundial. O jornal de publicação mensal trazia sempre assuntos com um tom de esquerda em plena época ditatorial. Com a chegada dos anos 80 o Brasil entra em decadência econômica; nos anos 1980-81-82-83, a crise abala todos os setores da economia fazendo com que a inflação chegasse a patamares altíssimos. Com o Leia não ocorreu de forma diferente, com aumentos de praticamente 300% em 4 anos.
Assim, no começo de 1984 Caio Graco Prado decide pelo fechamento do jornal declarando que ele não dava lucros. O jornal deixa de ser editado pela Editora Leia Livros, da Brasiliense, e passa a ser editado pela Editora Joruês, pertencente a Marilia Andrade e Flávio Andrade, dois irmãos que compraram e conduziram o periódico até seu fim.
Após a transferência para a editora Joruês, Leia não mudou seu conselho editorial permanecendo praticamente o mesmo do começo da publicação. Até mesmo Caio Graco continuou como colaborador do periódico.
Leia, a partir de 1984, começa a mudar seu conteúdo e até mesmo a publicar tiras de Angeli, Laerte, Nilson e outros caricaturistas que eram e ainda são figuras importantes no espaço da imprensa no Brasil.
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