TÍTULO: Jornal do Commercio
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ENDEREÇO: Rua do Ouvidor, nº 65

CIDADE: Rio de Janeiro – RJ

PERIODICIDADE: Diário
Nº DE PÁGINA: 4 páginas; porém, com variação 2 a 8 páginas em alguns números
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DATAS-LIMITE: Fundado em 1°de Outubro de 1827, o periódico circula até os dias de hoje. No CEDAP, existem os números referentes aos períodos de jan. – abr. 1865 - dez. 1868.

EXEMPLARES: Ano 43: 01 - 119 (jan. – abr. 1865); ano 46: 121 - 242 (mai. – jun. 1868); ano 47: 243 – 363 (set. – dez. 1868).

REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: Não há o nome do redator responsável. No entanto, existe o nome do proprietário do jornal, Julio Constâncio Villeuve, que se manteve no cargo até 1890.

ILUSTRAÇÃO: Não existem ilustrações.

COLABORADORES: Justiniano José da Rocha, José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco), Carlos de Laet, Francisco Octaviano, José de Alencar, Homem de Mello, Joaquim Nabuco, Guerra Junqueiro e outros intelectuais.

CARACTERIZAÇÃO: O periódico dedica-se a questões comerciais e econômicas, com base nas publicações de preços correntes, notícias marítimas e movimento de importação e exportação, trazendo ao leitor notícias sobre o Rio de Janeiro da época do Primeiro Império e também notícias de outras partes do país, como o porto da cidade de Santos. Ademais, o jornal aborda notícias de caráter internacional referentes ao período, como os movimentos das bolsas de valores no mercado internacional.
Para tanto, apresenta uma estrutura formal baseada em colunas (oito), dispostas ao longo das duas primeiras páginas, as quais tratam dos assuntos acima referidos. Nas páginas terceira e quarta, o periódico dedica-se somente a publicidades, dos mais diversos gêneros, como bens de consumo não duráveis (produtos de higiene pessoal e alimentícios) e semiduráveis (produtos de construção civil), leilões de imóveis (fazendas) e escravos, além de diversos anúncios, como ofertas de emprego e escolas.

DESCRIÇÃO: O Jornal do Comércio foi fundado no Rio de Janeiro, em 1827, por Pierre Planche. Antes, em Paris, ele fora editor de Voltaire, de Benjamin Constant de Rebecque e de outros destacados intelectuais.
No entanto, por não se enquadrar ao regime então vigente na França e às perseguições que sofria por suas tendências liberais na época da Restauração, sob Luiz XVIII, teve de emigrar. Chegou ao Brasil em 1824 e aqui instalou prontamente sua oficina.
Trouxe modernos equipamentos e alguns operários especializados que representavam, na época, o que de mais avançado existia no ramo. Fundou dois jornais, um deles o Jornal do Commercio, que se seguiu ao primeiro, denominado Spectador Brasileiro, que circulou até o dia 23 de maio de 1827.
O Jornal do Comércio, surgido com características econômicas, com base nas publicações preços correntes, notícias marítimas e movimento de importação e exportação editadas por Plancher desde sua chegada ao Rio, transformou-se pouco depois em folha política e comercial, dado o agravamento da situação do País, nos primeiros anos da Independência, quando Pedro I, pressionado pelos portugueses, ia fazendo concessões que poderiam prejudicar os brasileiros. Estes sentiam que o momento reclamava uma atitude enérgica, diante da qual o jornal não poderia continuar neutro. Desde 1827, o Jornal do Comércio participou com a Aurora Fluminense, de Evaristo da Veiga, na propaganda e no preparo do movimento que culminaria na abdicação de Pedro I, em 7 de abril de 1831.
Com a mudança do regime, também, na França (queda de Carlos X), a chamada Segunda Revolução, e a volta ali da liberdade de imprensa, Pierre Plancher retornou a Paris. O Jornal do Comércio teve como sucessores na sua direção os franceses Junius Villeneuve, Francisco Picot e Julio de Villeneuve (filho do primeiro e cunhado do segundo) que mantiveram o importante diário até 1890. Depois, o jornal passou por diversos proprietários que empreenderam muitas mudanças na estrutura e conteúdo do jornal, e que contribuíram para o crescimento de sua importância no cenário da mídia impressa brasileira.

FONTE: Disponível em: <http: //www.jornaldocommercio.com.br>. Acesso em 02/10/2008.




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