TÍTULO: Gil Blas - nacionalismo de combate
ENDEREÇO: Rua do Ouvidor n. 56
CIDADE: Rio de Janeiro – RJ
PERIODICIDADE: semanal
Nº DE PÁGINAS: Média de 20 páginas até 1920 e 15 até 1923.
DATAS-LIMITE: fev.1919 – mai.1923
EXEMPLARES: ano I: 01 – 52; ano II: 53 – 68; 70; 72 – 88; 90 – 94; 100 - 105; ano III: 106 – 157; ano IV: 158–177;179;181-195; ano V: 196 - 200
REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: Editor responsável: Dr. Alcibíades Delamare.
ILUSTRAÇÃO: Charges e caricaturas nas capas e no interior da revista.
COLABORADORES: Álvaro Bomílcar, Afonso Celso, Domingos Castro Lopes, Carlos Maul, Antônio Torres, José Oiticica, Raimundo Magalhães, Lacerda de Almeida, Saul Navarro, Gastão Franca Amaral, Basílio Magalhães, Paula Machado.
CARACTERIZAÇÃO: A revista, como boa parte das publicações da época tinha sua estrutura muito parecida com de um jornal. O nome Gil Blas dado ao periódico carioca foi uma homenagem a prestigiada revista francesa que circulou no século XIX. A revista não tinha seções fixas, elas variavam de ano para ano. Podem-se destacar as seções como: No convívio dos pais da Pátria, na qual se discutia o que ocorria no Congresso Federal na época; O Momento Social voltada para o operariado; Set a Settas, que destacava a vida social do Rio de Janeiro dos anos 1920; Correspondência de São Paulo, Amazonas e Pará, que dava especial destaque às questões políticas e sociais destes estados, entre outras. Poucos artigos eram assinados, o que mostrava que o comprometimento das matérias ficava a cargo de seu corpo editorial. Na maior parte dos artigos discutia-se propostas nacionalistas baseadas em movimentos nativistas como A Propaganda Nativista (1919) e Ação Social Nacionalista (1920). Destacam-se os artigos de José Oiticica, que circulou em 1919, que discutia as lutas operárias e de Afonso Celso que propunha o nacionalismo ufanista.
DESCRIÇÃO: Pode-se dizer que Gil Blas foi um empreendimento que visou dar continuidade ao projeto da 1°fase da revista Braziléa (1918-1919). Da mesma forma que aquela começou com uma proposta pessoal de seu fundador e diretor Alcibíades Delamare, no entanto, com o apoio do fundador de Braziléa, Álvaro Bomílcar, conseguiu agregar nomes como José Oiticica e Afonso Celso. Propunha um nacionalismo radical na maior parte de seus artigos. Destacou-se na época por enveredar-se por um forte nacionalismo antilusitano. Serviu como divulgadora de movimentos nativistas como Propaganda Nativista (1919), fundada por Bomílcar e Ação Social Nacionalista (1920), fundada por Bomílcar e Delamare e comandada por Afonso Celso.