TÍTULO: DOM CASMURRO – Grande Hebdomadário Brasileiro
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ENDEREÇO: Rua do Passeio, 2, Edifício Odeon, 11º andar, sala 1107. Em 5 de maio de 1938 mudou-se para sala 814. Em 5 e agosto de 1939, mudou-se para Rua 13 de maio, 48, sobrado. Em 23 de dezembro de 1939, mudou-se para Rua Evaristo da Veiga, 16, 1º andar. Em 1º de fevereiro de 1941, mudou-se para Praça Marechal Floriano, 55, 2º andar

CIDADE: Rio de Janeiro (RJ).

PERIODICIDADE: Jornal semanal.

Nº DE PÁGINA: Média de 12 páginas. Nos números especiais de aniversário do jornal e de Natal o número de paginas aumentava significativamente Em junho de 1942, a média caiu para 8 páginas.

DATAS-LIMITE: 13 de maio de 1937 a 4 de maio de 1946 (estas datas são as mesmas para a coleção existente no CEDAP).

EXEMPLARES: Ano I - 1-31, ano II - 33-83, ano III - 84-131, ano IV - 132-166; 168-181, ano V -182-231, ano VI - 232-282, ano VII - 283-333, ano VIII  - 334-381; 384, ano IX - 385-425; 428-429, ano X - 430-438.

REDAÇÃO / RESPONSÁVEL: Durante todo o período em que circulou, Brício de Abreu dirigiu o jornal enquanto no cargo de redator-chefe alternaram-se os nomes de Álvaro Moreyra, substituído por Marques Rebello em 20 de agosto de 1938 (nº 64). A chefia da redação passou para a responsabilidade e Jorge Amado a partir de 12 de agosto de 1939 (nº 113) que, em seu turno, substitui-se por Álvaro Moreyra em 18 de maio de 1940 (nº 1949). A partir de3 de janeiro de 1942 o cargo de redator-chefe desapareceu e a direção do periódico ficou à exclusividade de Brício de Abreu até a data em que saiu de circulação.

ILUSTRAÇÃO: Augusto Rodrigues, Jacques Bertrand, Armando Pacheco, Paez Torres e Santa Rosa.

COLABORADORES: Antônio Simões dos Reis, Wilson de A. Lousada, Bandeira Duarte, Afrânio Coutinho, Cândido Mota Filho, Carlos Castelo Branco, Dante Costa, Elói Pontes, Francisco Pati, Luís Martins, Roger Bastide, Modesto de Abreu, Danilo Bastos, Clóvis Ramalhete, etc.

CARACTERIZAÇÃO: O jornal possuía estrutura que pouco variou no período em que circulou. Cada página representava uma seção divida em um ou mais textos. As mais recorrentes eram Máscaras, Crítica, Para você e Espetáculos. No entanto, a que esteve presente em todos os exemplares foi As grandes reportagens exclusivas publicada sempre na última página. Esta organização desapareceu em maio de 1942 e as antigas seções que ocupavam páginas inteiras suprimiram-se. Alguns textos que antes se subordinavam às seções prosseguiram como De leve, De arte e Saibam que... O editorial era função das colunas Nós e Bom dia e posteriormente de A semana. A presença de imagens era muito freqüente e em alguns números houve equilíbrio entre a quantidade de imagens e textos. Entre elas haviam fotografias, reproduções, charges e caricaturas A publicidade também era recorrente, sobretudo de produtos brasileiros como o creme dental Odol. Algumas propagandas de empresas estrangeiras como Gillette também apareciam. As mais elaboradas eram de cinemas paulistas e cariocas como Metro e São Luiz. No entanto a grande maioria dos anúncios era de livros, livrarias e editoras.

DESCRIÇÃO: O semanário surgiu em maio de 1937 sob a direção dos gaúchos Brício de Abreu e Álvaro Moreyra. O primeiro figurava como diretor e o segundo como redator-chefe. Posteriormente, este último cargo teve a sua frente os nomes de Marques Rebello, Jorge Amado e Álvaro Moreyra novamente. A publicação era essencialmente literária e em seus espaços receberam maior destaque a crítica, a produção artística e a publicidade de livros e editoras. Outros assuntos também eram recorrentes como as reportagens históricas. Dom Casmurro também abrigava uma coluna feminina, Para você. Os assuntos esportivos também apareciam. A coluna Espetáculos fornecia ao leitor a agenda de peças teatrais e cinemas. O jornal veio ao público alguns meses antes da instauração do Estado Novo, ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945), período em que Dom Casmurro circulou até desaparecer em maio de 1946, às vésperas de completar dez anos de existência A linha editorial era liberal, mas muitos membros do governo colaboravam com o periódico e o apoiavam.

FONTES:
ANTELO, Raúl. Literatura em revista. São Paulo: Ática, 1984.
COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante. Enciclopédia de Literatura Brasileira. Vol I. São Paulo: Global Editora : Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional : Academia Brasileira de Letras, 2001, p. 606.
SILVEIRA, Joel. Na fogueira. Rio de Janeiro: Mauad, 1998



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