TÍTULO: Brazilea - Revista Mensal de Propaganda Nacionalista.
ENDEREÇO: 1º fase: R: do Carmo, 55; 2º fase: R: Bittencourt da Silva, nº21-22.
CIDADE: Rio de Janeiro – RJ
PERIODICIDADE: mensal
Nº DE PÁGINAS: Média de 40 páginas na primeira fase e, na segunda, uma média de 24 páginas.
DATAS-LIMITE: jan. 1917 – ago. 1933. 1º fase - Ano I – II: 1917 - 1918; 2º fase: Ano I -II – 1931 -1933
EXEMPLARES: 1º fase, ano I: 1 - 12; ano II: 13-15; 2º fase: 1 – 25.
REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: Editores responsáveis: Dr. Arnaldo Damasceno e Álvaro Bomilcar, Jackson Figueiredo (somente na 1° fase). Secretário principal: Raimundo Magalhães (1° fase), Raimundo Padilha (2° fase).
ILUSTRAÇÃO: Possui apenas ilustrações nas propagandas.
COLABORADORES: Na Primeira Fase: Mario Alencar, F.C Hoehne, Padre Antônio Carmelo, Felix Amélio e Jackson de Figueiredo, na Segunda Fase: Agenor de Roure, Annibal Amorim, Camillo S. Santos, Da Costa e Silva, Eduardo Faria, Josias Sant’Anna, Rachel de Queiroz, Ovideo da Cunha, Trajano Costa, entre outros.
CARACTERIZAÇÃO: A revista, como boa parte das publicações da época tinha sua estrutura muito parecida com de um jornal. A pronúncia correta para o seu nome é como utilizamos hoje para Brasília. O nome vem da defesa dos adeptos do nacionalismo nativista em se grafar Brasil e seus derivados com Z, para se diferenciar da língua falada em Portugal. Tinha poucas seções fixas, entre elas Variedades (1° e 2° fase) na qual se criticava o papel negativo do português na sociedade carioca, fazendo uma clara alusão a lusofobia; e Bibliografia (1° fase), que consistia emsugestões de leituras relacionadas com o perfil da revista. Destacam-se, entre seus colaboradores, nomes que dialogavam com as diversas formas de nacionalismo da época. Jackson Figueiredo e Padre Antonio Carmelo discutiam o nacionalismo católico; Félix Amélio propunha a nacionalização do comércio e Álvaro Bomílcar expunha os princípios do nacionalismo nativista. Além disso, pode-se salientar a participação de Afonso Celso e Lima Barreto, em alguns números de Braziléa. Na segunda fase, conta-se com a participação de futuros integralistas com Ovídio da Cunha e Plínio Salgado e, ainda, publica-se trechos dos manifestos integralistas.
DESCRIÇÃO: Como se escreve em seu programa a revista tinha o objetivo de difundir e defender “o brasileirismo”. Na verdade, como boa parte das publicações da época, Braziléa partiu do empenho pessoal de seu diretor-fundador Álvaro Bomílcar, intelectual nacionalista nativista que acreditava que os males da nação estavam ligados a colonização e a presença dos portugueses no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro. Por isso, juntamente com a proposta de nacionalização das instituições brasileiras esse vai ser o tema principal a ser discutido na revista. A presença de Jackson Figueiredo e sua participação na direção da 1° fase de Braziléa (1917-18), vão proporcionar que o nacionalismo católico também venha ser privilegiado nas suas páginas. Na sua 2° fase (1931-33), a revista vai conservar tais discussões, mas também vai apoiar o Governo Provisório de Vargas e em seus últimos anos se aproximar do integralismo.