TÍtulo: ZIGUE-ZIGUE : Hebdomário, Humorístico Crítico, Satírico e Ilustrado

 

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ENDEREÇO: Typografia Cosmopolita, rua Gonçalves Dias, 19.

CIDADE: Rio de Janeiro

PERIODICIDADE: semanal.

NÚMERO DE PÁGINAS: 8.

DATAS-LIMITE: 12 de Janeiro de 1878 (no CEDAP).

EXEMPLARES: 01.

REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: n/c.

ILUSTRAÇÃO: Cartunista Faria.

COLABORADORES: Mariano de Oliveira, autor de um poema, os outros artigos não tem autores identificados, sendo assinados pelo Sr. Zigue – Zigue ou simplesmente por “Mim”. Na última charge aparece o nome Hudsom, mas sem maiores informações.

CARACTERIZAÇÃO: O jornal é formado por colunas, com ilustrações satíricas que ocupam  páginas inteiras, nas 1o, 4o, 5o e  6o páginas. Na segunda página faz uma apresentação do jornal e sobre sua proposta, apresenta o folhetim “O Senhorio”, um romance histórico dividido por capítulos e uma crítica ao teatro da época. Na terceira página apresenta o poema “Minha Noiva” de Arthur Azevedo e uma epístola ao ministério que estava no poder.

DESCRIÇÃO: É um periódico sarcástico, que faz críticas ao governo monárquico. Na sua apresentação se propõe a fazer muito “barulho”, “dizer meia dúzia de liberdades no caso de ações menos dignas”. Notamos também uma concorrência ou certa rivalidade com outros meios de comunicação, especialmente pela publicação do romance “O Senhorio” que para os editores faria frente ao romance Ya Ya Garcia publicado no “Cruzeiro” e a um folhetim publicado na “Gazeta de Notícias”. Essa intertextualidade com o “Cruzeiro” fica bem evidente na última charge, onde aparece um senhor sentado em uma cadeira que é puxada por uma mão, seguindo em baixo a frase “fica quieto, Cruzeiro! Solta-me a cadeira. O’Hudsom não me socorres?! – Coitado agarra-se a tudo”. Nessa mesma página há uma charge de uma mulher, simbolizando a província do Rio de Janeiro, com um homem pequeno, ou anão de duas cabeças, cada cabeça está mamando em um dos seios da mulher, sendo uma representada pelo partido liberal e outra pelo partido conservador.


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