TÍtulo: SUI GENERIS . Cultura, Moda, Comportamento, Política & Entretenimento
ENDEREÇO: Rua Visconde de Itanhaúma, 38, sala 211.
CIDADE: Rio de Janeiro.
PERIODICIDADE: Mensal. Porém os volumes variam, sendo que somente o ano IV teve doze edições.
NÚMERO DE PÁGINAS: 38 a 74.
DATAS-LIMITE: Janeiro de 1995 até Dezembro de 2000 (no CEDAP).
EXEMPLARES: 55.
REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: Editor: Nélson Feitosa.
ILUSTRAÇÃO: Só há ilustrações no ano I. Responsável: Aliedo. Possui uma coluna de charge de Adão Iturrusgarai.
COLABORADORES: Os mais freqüentes são: André Fischer, André Hidalgo, Gilberto Scofield, Luiz Mott, Carlos Helí de Almeida, Suzy Capó, Adão Iturrusgarai, Érika Palomino, Renato Russo. Correspondentes em Londres: Roberval Schincariol; Paris: Luiz Henrique Saia; e Nova York: Carlos M. de Resende. Colunistas fixos: Gilberto Scofield, João Silvério Trevisan, Paulo H. Longo, Vange Leonel, Luiz Mott, Marcelo Secron Bessa.
CARACTERIZAÇÃO: A revista não possui divisão rígida quanto aos assuntos tratados em cada espaço. As principais seções são: Cartas, Cinema, Música, Livros, Viagem, Moda e Beleza. As outras são de: divulgação de eventos, curiosidades, dicas culturais, de saúde e diversos outros tipos de notas, como: Mosaico, Mundana, Contraponto e Etecetera. Há ainda um espaço para a opinião dos colaboradores, nas colunas: Ponto de Vista e Ponto Final; um espaço onde estes discutem temáticas do “mundo gay”, a série Especiais; contando também com dois espaços para entrevistas: Entrevista e Vortex. Percebe-se o grande incentivo ao consumo tanto em algumas colunas já citadas, como no grande número de propagandas, e na coluna Fetiche, totalmente voltada para a divulgação comercial de produtos diversos.
DESCRIÇÃO: A revista era feita de forma artesanal. Sua pretensão era ser um pequeno periódico informativo, para circular na Zona Sul do Rio de Janeiro. A intenção era inovar o perfil dos periódicos gays lançados no país, “que se baseavam quase que exclusivamente no nu masculino, em contos eróticos e em correspondências amorosa/sexual entre os leitores.” Investiu na ênfase em temas de cultura, comportamento e moda; na discussão do que significa ser gay no Brasil; das posturas em relação ao preconceito; e na busca por uma identidade unificada dos homossexuais. Seu lançamento coincidiu com a dilatação do mercado e do marketing de produtos gays, sendo possível perceber seu esforço por criar um mercado consumidor entre o público homossexual, não somente para a revista, como para os produtos que divulgava. Mesmo não sendo declaradamente militante de algum grupo político, a revista assumiu posição de luta contra o preconceito de forma incisiva, sendo este seu tema mais recorrente. A intenção de sua edição, como nos conta Feitosa no editorial do número 1, “é levar a cultura gay de forma vibrante, inteligente, alegre, para fora dos guetos. Dar nossa contribuição, oferecendo um jornalismo de qualidade, para que surja em breve uma consciência social mais generalizada de que nossas semelhanças são maiores que nossas diferenças.
Fonte: MONTEIRO, Marko. O homoerotismo nas revistas Sui Generis e Homens. Disponível em http://www.artnet.com.br/~marko.ohomoero.htm