TÍtulo: POLITIKA
ENDEREÇO: R: Senador Dantas, 117, sala 2124.
CIDADE: Rio de Janeiro.
PERIODICIDADE: Semanal.
NÚMERO DE PÁGINAS: 25.
DATAS-LIMITE: 23/Out de 1971 à Abr de 1974 (no CEDAP).
EXEMPLARES: 67
REDAÇÃO / RESPONSÁVEL: Diretores: Philomena Gebran, Oliveira Bastos, Sebastião Néry, Adirson de Barros. Editor: Jorge França.
ILUSTRAÇÃO: Antônio Calegari, Fritz, Luis Fonseca, Calicut, Fafs. Fotos: O Jornal, O Cruzeiro, Tribuna da Imprensa.
COLABORADORES: Villela Neto, Oliveira Bastos, Gerardo Mello Mourão, Franklin de Oliveira, Moacyr Werneck de Castro, Hélio Silva, Roland Corbisier, Antônio Carlos Villaça, Hélio Duque, Edmar Morel, Murilo Marroquim, Harrison Oliveira, Sérgio Barcellos, Everardo Guilhon, Tereza Barros, Antonieta Santos, Leon Cakoff, Maria Cecília Ribas Carneiro, Sebastião Néry, Adirson de Barros, Jorge França, Nacif Elias, José Leme Lopes.
CARACTERIZAÇÃO: A temática do jornal e a maioria dos assuntos discutidos fazem referência à política nacional e internacional. As seções, geralmente, não seguem uma ordem ou não aparecem em alguns números. As seções mais freqüentes são: Konjuntura, Floklore Politiko, Konversa Reservada, Bacia das Almas, Ócio e Negócio, História, Dokumento, Merkado, Mundo Kão, Kontexto, Ekonomia, Kultura e Korreio. Periódico impresso em preto e branco com a ausência de publicidade, na contra-capa encontra-se sempre uma charge do Fritz que, na maioria das vezes, critica a Guerra do Vietnã.
DESCRIÇÃO: Politika, semanário produzido a partir de outubro de 1971 por jornalistas cariocas veteranos em cobertura política, retomou o veio do populismo nacionalista, que caracterizou as lutas do campo popular nos anos 1950. Seus mitos eram Juscelino, Getúlio, Jango, e o desenvolvimentismo. Enxergavam a política através da atuação das personalidades. Um jornalismo convencional na forma e elitista no conteúdo, mas contestatório na conjuntura política do momento e que por isso só poderia se realizar através de um projeto alternativo. Politika tornou-se um dos maiores jornais alternativos, tanto em tiragem quanto em tempo de vida, durando mais de dois anos, até abril de 1974. Mas não teve uma influência proporcional a essas dimensões devido à sua pouca sofisticação ideológica e ao anacronismo de suas concepções, do ponto de vista das forças de oposição emergentes e da juventude da época.Possivelmente, o periódico posicionava-se à favor do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), já que publicou, em um de seus números, um edital de convocação para a convenção do partido. Além de criticar a Guerra do Vietnã e os Estados Unidos, o jornal tinha uma opinião negativa sobre a experiência socialista na União Soviética.
Fonte: KUCINSKI, Bernardo. Jornalistas e Revolucionários. Nos tempos da imprensa alternativa. SP: Edusp, 2ª ed. rev. ampl., 2003.