TÍTULO: A CIGARRA


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ENDEREÇO: Rua Direita, 8-A – Palacete Carvalho (nºs 1 –13); Rua Direita, 35 (nº 14 – 42); Rua São Bento, 93-A (nºs 43 –320); Rua São Bento, 71 (A partir nº 321). Era impresso nas oficinas gráficas da própria revista. Rua da Consolação, 100 – A até o nº 219. E a Rua Brigadeiro Tobias, 51 a partir do nº 220. 

CIDADE: São Paulo.

PERIODICIDADE: Publicação Quinzenal.

NÚMERO DE PÁGINAS: De 50 a 100 páginas.

DATAS - LIMITE: 1914 - 1930

EXEMPLARES: 617

REDAÇÃO / RESPONSÁVEL: Proprietários: Pimenta & Comp. (sociedade entre Gelásio Pimenta e Coronel Durval Vieira de Souza), a partir do nº  27, aparece como proprietário somente Gelásio Pimenta. DIRETORES: Gelásio Pimenta, Luiz Correa de Melo (a partir do nº 239).

ILUSTRAÇÃO: Praticamente todos os artigos são ilustrados por fotos. São constantes as reportagens fotográficas que ocupam um grande número de páginas, e mostram, em sua maioria, eventos sociais.

COLABORADORES: Olavo Bilac, Vicente de Carvalho e Menotti Del Picchia.  

CARACTERIZAÇÃO: O conteúdo da revista é diversificado, possui muitos artigos, sobre artes plásticas, teatro, música, ciências cinema e literatura, publicando além de críticas e comentários, crônicas, poemas, contos, novelas reproduções de quadros e esculturas, plantas e desenhos arquitetônicos, partituras musicais e fotos de espetáculos teatrais. Outra constante n’A cigarra são as coberturas de eventos sociais, esportivos e religiosos. Publicavam-se muitas páginas com fotos e textos que mostram figuras da sociedade paulistana e de algumas cidades do interior do estado, em bailes, quermesses, procissões, cursos e festas, clubes grandes, prêmios e competições esportivas. Também traz nos mesmos moldes, reportagens sobre instituições religiosas, militares, de ensino, artes e ciência. Também se encontram na revista, muitos artigos que procuram exaltar a industrialização e o comércio paulistano. Há extensas coberturas fotográficas de Exposições industriais de São Paulo.

DESCRIÇÃO: A Cigarra surge em 1914 e, logo se transforma numa das mais importantes revistas de variedades de São Paulo e do interior. Em seu texto de apresentação, no nº1, afirma que “a grande ambição da cigarra é ser uma revista artística: cantar ao sol com voz que se esforça – ou não fosse ela Cigarra – por fazer alta e estridente. É a sua ambição; não é uma promessa”. No período analisado (1914-1930), não se nota uma grande transformação em seu perfil apresentando-se como uma revista de variedades, mas com forte apelo ao público feminino. 

As charges, muito valorizadas a partir de 1916, tratam de assuntos relacionados à política e à vida cotidiana, e na maioria das vezes, aparecem em cores. Eventualmente surgem tiras de “quadrinhos mudos”, com historietas sobre o dia a dia da cidade.

Os desenhos, por sua vez, servem basicamente para mostrar personalidades homenageadas e exaltar o progresso e desenvolvimento do país.

A publicidade ocupa cerca de 20% do espaço total da revista, concentrada principalmente nas páginas iniciais e finais. No nº 3 já aparecem alguns anúncios dispersos entre as reportagens, movimento que se Intensifica gradualmente observando-se que nos números de 1929 e 1930, a publicidade aparece por todo o espaço da revista.

FONTE: São Paulo em revista: catálogo de publicações da imprensa cultural e de variedades paulistana 1870-1930 / Heloisa de Faria Cruz (organizadora). (coleção memória, documentação e pesquisa, 4) – São Paulo: Arquivo do Estado, 1997.


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