TÍTULO: SUPLEMENTO CULTURAL . (Suplemento d'O Estado de S. Paulo)


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ENDEREÇO: Av. Engenheiro Caetano Álvares, 55 – CEP: 02550 – Caixa Postal 8005.

CIDADE: São Paulo.

PERIODICIDADE: Semanal (sempre aos domingos).

Nº DE PÁGINAS: 16.

EXEMPLARES: 180.

DATAS LIMITE: 17/Out de 1976 – 01/Jun de 1980 (no CEDAP).

REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: Editor: Nilo Scalzao; Diretor Responsável: Júlio de Mesquita Neto; Diretor Redator Chefe: Fernando Pedreira; Diretores: José Vieira de Carvalho Mesquita; Júlio de Mesquita Neto; Luiz Vieira de Carvalho Mesquita; Ruy Mesquita; César Tácito Lopes Costa; Fernando Pedreira; Joaquim Douglas; José M. Homem de Montes.

ILUSTRAÇÃO: O Suplemento trás fotos relacionadas às matérias, desenhos, caricaturas e diversas ilustrações, mas sempre sem assinatura.

COLABORADORES: Antonio Cândido, João Candido, Hélio Lopes, Antonio Carlos Rocha Campos, Antonio Brito da Cunha, Leyla Perrone-Moisés, Leônidas Hegenberg, Maurício Kubrusly, Roque Spencer Maciel de Barros, Sérgio Viotti, Bento Prado Jr., Marilena Chauí, Nilo Scalzo, Michel Launay e outros.

CARACTERIZAÇÃO: O Suplemento cultural era divido em áreas de conhecimento, tal como segue: LETRAS, CIÊNCIAS HUMANAS, CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA, CIÊNCIAS NATURAIS e ARTES. O suplemento trazia sempre um Editorial, que falava sobre cada um dos temas daquela edição, bem como da importância da discussão de cada um desses temas. A partir do sétimo número, o suplemento passa a contar com uma seção de Cartas dos Leitores. O suplemento traz ainda algumas edições especiais.

DESCRIÇÃO: O período em que circulou o Suplemento Cultural do jornal O Estado de S. Paulo, de 1976 a 1980, é marcado, no plano político pela ditadura militar. Em 1976, o presidente é o General Ernesto Geisel que assume a presidência prometendo uma abertura lenta, gradual e segura. Diversos movimentos sociais, bem como uma fração da Igreja católica, protestam contra a violência e repressão do regime. As eleições de 1974 apontam o descontentamento da sociedade, marcando um grande avanço do MDB, partido identificado como oposição à ARENA, partido da situação. No plano econômico o descontentamento aumentava. A esperança de que o crescimento experimentado no período do chamado “milagre econômico” (1969-1973), representaria melhorias sociais, já dava lugar a protestos contra a política econômica do regime.

Quanto à liberdade de imprensa, a abertura também se mostra lenta, mas começa a acontecer. Um fato importante – e que interessa diretamente ao Suplemento Cultural – é a suspensão, na surdina, da censura ao jornal O Estado de S. Paulo, que levará outros jornais a contestar essa medida, e a contribuir assim para a abertura no sentido da liberdade de imprensa. Apesar disso, o Suplemento pouco trás sobre as manifestações culturais e/ou sociais do período.

FONTES: Lamounier, Bolívar (org.). De Geisel a Collor: o balanço da transição. São Paulo: Editora Sumaré Ltda, 1990.

Góes, Walder de. O Brasil do General Geisel: estudo do processo de tomada de decisões no regime militar-burocrático. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.



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