TÍTULO: MOVIMENTO
ENDEREÇO: Administração e Redação: Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 625, Pinheiros, São Paulo. O jornal tinha filiais em várias capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, Brasília, Maceió, Salvador e Belo Horizonte.
CIDADE: São Paulo.
Nº. DE PÁGINAS: de 20 a 28.
DATAS-LIMITE: Primeira Edição: 07 de julho de 1975; Última Edição: 23 de novembro de 1981.
EXEMPLARES: 323.
REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: Diretor Responsável: Antonio Carlos Ferreira.
ILUSTRAÇÃO: Principalmente desenhos de Chico Caruso, Alcy, Angeli, Jota, Laerte e Gê.
COLABORADORES: Aguinaldo Silva, Fernando Henrique Cardoso, Bernardo Kucinski, Teodomiro Braga, Raimundo Rodrigues Pereira, Jean Claude Bernardet, Francisco Buarque de Holanda, Audálio Dantas, Franklin Martins, Hélio Silva, André Foster, Fernando Morais, Luis Inácio da Silva, José Serra, Paul Singer, Nelson Werneck Sodré, Paulo Barbosa, Aldo Rebelo, Caco Barcelos, Plínio Marcos, Florestan Fernandes, Eduardo Suplicy, Perseu Abramo, Clarice Herzog, Francisco Weffort, Francisco Pinto.
CARACTERIZAÇÃO: O jornal era composto de reportagens que, em sua maioria, tinham forte conteúdo político, de crítica ao governo ditatorial. Sua Primeira página sempre trazia charges ou fotografias ocupando a página inteira. A maioria das colunas não era fixa, permanecendo somente por algum tempo no jornal. Sua temática vinha confirmar a linhagem do jornal, de modo que trazia temas como economia, política, saúde e problemas sociais, desigualdades, etc. As principais eram: Gente Brasileira, O Brasil, A Semana em Brasília, Sociedade, O Mundo, Ensaios, Cultura, Economia Popular, Opinião/Nossa Opinião, Corta Essa!, Coluna do Chico Pinto, Coluna Raimundo Rodrigues Pereira (espécie de editorial), Assuntos, Cartas Abertas, Cena Brasileira. As ilustrações permeavam todo o jornal, em forma de charges e caricaturas. A publicidade aparecia modesta no início, em sua maioria propagandas de colégios, peças de teatro e de outros jornais e revistas da mesma linhagem editorial.
DESCRIÇÃO: é um jornal alternativo, faz uma militância partidária e atuação crítica junto ao sistema de poder instaurado no Brasil desde 1964. Seus jornalistas e colaboradores pertenceram a uma geração intimamente ligada à luta pela Abertura Política, pela Democracia e pela preservação dos direitos civis dos brasileiros. Encontraram voz dentro de partidos políticos da esquerda e nas facções da Luta Armada e orientados, em geral, pelas ideologias socialistas. Portanto, é uma importante fonte no estudo da Ditadura Militar no Brasil, durante a década de 1970 e início da década de 1980, das conjunturas políticas e sociais da história do Brasil contemporâneo.
FONTE: AQUINO, Maria Aparecida de. Censura, imprensa e estado autoritário (1968 – 1978). Bauru: EDUSC, 1999.