TÍTULO: A VOZ DA RAZÃO

 

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ENDEREÇO: Impresso na Typografia de Ogier, na rua da Quitanda canto da de São Pedro.

CIDADE: Rio de Janeiro.

PERIODICIDADE: 2 vezes por semana (nos sábados e nas quartas-feiras).

Nº DE PÁGINA: 4.

DATAS-LIMITE: 14 de setembro a 22 de outubro de 1831 (no CEDAP).

EXEMPLARES: 12.

REDAÇÃO/RESPONSÁVEL: n/c.

ILUSTRAÇÃO: Não contem ilustração.

COLABORADORES: O periódico publica algumas correspondências que foram enviadas ao seu redator. Estes assinavam com pseudônimos.

CARACTERIZAÇÃO: Estrutura única, sem divisão, por meio de textos, sem título, que figuram em seqüência e sem assinatura, discutindo a política interna brasileira. Nos números 3 e 6, uma propaganda da própria Typografia Ogier, a Folhinha Nacional, e Constitucional que relata “as mudanças da Casa Imperial, dias de grande e pequena gala, dias dos tribunais, e partidos dos correios”. Nos números 4, 5 e 10, com o título de Variedades. No nº 4, elogia os escritos do redator do periódico Constitucional, pelo artigo Interior. No nº 5, criticam alguns deputados que estão de acordo com as idéias dos republicanos. E no nº 10, relata a retirada da cidade do Rio de Janeiro, do padre Marcellino e seus discípulos, que eram “anarquistas”, segundo o jornal. O periódico traz também análises, críticas e comentários sobre outros jornais em circulação na época.

DESCRIÇÃO: O jornal se opõe às idéias republicanas, exalta o patriotismo e defende o regime monárquico. “Não temos outro fim no estabelecimento do nosso periódico senão combater a anarquia, e despotismos em qualquer parte aonde esses dois monstros aparecerão, sem termos contemplação ainda mesmo com os nossos amigos”. Para isso, critica os republicanos, os anarquistas e os antilusitanos, bem como alguns outros periódicos que compartilham com o regime republicano. O principal atingido é o periódico Nova Luz Brasileira, editado por João Batista de Queiroz cujo proprietário era Ezequiel Correa dos Santos, que o A Voz da Razão, caracteriza como: inconstitucional, anarquista, despótico, inimigo do Brasil e de seus concidadãos. Critica ainda os periódicos Vóz da Liberdade, Nova Luz–Jurujuba, e O Tempo. Mas também exalta outros jornais que  pregam a ordem, um exemplo é o  Constitucional. Em síntese, o periódico A Voz da Razão tem por objetivo combater as idéias republicanas, em prol do governo Constitucional-Monárquico-Representativo.

 

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