Imprensa NegraB I O G R A F I A S

 

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Lino Guedes

Redator-chefe do jornal Getulino
Diretor do jornal Maligno
Editor do jornal Progresso

Imagem coletada no endereço eletrônico:
http://www.portalafro.com.br/linoguedes.htm

Filho de ex-escravos e nascido na cidade de Socorro-SP, em 1897, Lino de Pinto Guedes cresceu em Campinas e se formou pela Escola Normal Antônio Álvares. Ainda jovem iniciou a carreira de jornalista no Diário do Povo e no Correio Popular. Trabalhou também no Jornal do Comércio, no O Combate, na Razão, no São Paulo - Jornal, no Correio de Campinas, no Correio Paulistano e no Diário de São Paulo. Teve atuação na Imprensa Negra, tendo trabalhado como redator-chefe do periódico Getulino, em 1923, dirigido o jornal Maligno, em conjunto com Gervásio de Moraes, em 1924, e sido editor do jornal Progresso em 1928. Foi, também, redator da Agência Noticiosa Sul-Americana e membro da Sociedade Paulista de Escritores, que mais tarde se transformaria na União Brasileira de Escritores. É considerado o primeiro poeta e escritor negro que se aceitou como negro no início do século XX, tendo-se tornado um dos grandes destaques da Imprensa Negra de sua época. Foi acusado, algumas vezes, de certo escapismo em seus versos no que dizia respeito à luta social do elemento afro-brasileiro.

Lino Guedes utilizava como pseudônimo literário o nome de Laly. Os seus referenciais literários foram dramas românticos em verso, Castro Alves e a poesia abolicionista de Vicente de Carvalho. A temática da escravidão ocupou lugar predominante em sua obra, além de assumir uma postura cristã e simples nas mesmas. Alguns autores apontam que nos seus escritos pode ser identificada a vontade de veicular uma mensagem de “elevação da comunidade negra”.

Faleceu no dia 4 de março de 1951, e três anos mais tarde foi publicada uma edição completa de suas obras, compreendendo vários gêneros literários: poesia, conto, romance, ensaio, biografia, e outros.
A sua produção literária é constituída pelas seguintes obras: Luiz Gama e sua individualidade literária (1924); Black (1926); O Canto do Cisne Preto (1927); Ressurreição negra (1928); Urucungo (1936); O Pequeno Bandeirante, Mestre Domingos (1937); Negro Preto Cor de Noite (1938); Sorrisos de Cativeiro (1938); Vigília de Pai João, Ditinha (1938);  Nova Inquilina do Céu, Suncristo (1951).

Elaborado por Ellen Karin Dainese maziero - 4º ano de História.

Referências bibliográficas:
OLIVEIRA, Eduardo de. (Org). Quem é quem na negritude brasileira. São Paulo: Congresso Nacional Afro-Brasileiro; Brasília: Secretaria Nacional de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, v.1, 1998, p.170.
MINISTÉRIO DA CULTURA/FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES. Disponível em: http://www.palmares.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=466. Acesso em: 8 out. 2008.
PORTAL AFRO. Disponível em: http://www.portalafro.com.br/linoguedes.htm. Acesso em: 8. out. 2008.

 

 

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