Responsável pelo jornal O Clarim.
Colaborador do jornal Tribuna Negra.
Henrique Antunes Cunha nasceu em São Paulo, no dia 22 de março de 1908. Filho de José Benedito da Cunha e de Joana Batista, foi casado com Eunice de Paula Cunha e dessa união foi gerado o filho único do casal Henrique Cunha Júnior. Cunha começou a fazer o curso ginasial tarde, com 23 anos de idade. Entrou no curso de Policial Perito Técnico, cargo que não pôde exercer pelo fato de ser negro. Após essa tentativa malograda especializou-se na profissão de Desenhista de Arquitetura, em cujo ramo acabou sendo um autodidata de prestígio, muito embora recebesse somente o salário de escriturário, como funcionário público que era.
Henrique Cunha sempre militou nas atividades ligadas à comunidade negra. “Foi um dos fundadores da Associação Cultural do Negro, talvez a entidade mais representativa da fase culturalista do negro brasileiro em São Paulo” (OLIVEIRA, 1998, p.130).
Cunha apresentou inúmeras palestras sobre os negros, muito em virtude do preconceito e violência que sofreu. O público alvo era o das universidades, as instituições educacionais e as associações co-irmãs, como os de Americana, Campinas, Jundiaí, Santos, onde falava das condições dos homens e mulheres negras.
Em 1980, Paulo Rui de Oliveira, então presidente da Câmara Municipal de São Paulo, homenageia Henrique Cunha, Ana Florêncio de Jesus Romão e José Correia Leite com a Medalha Gratidão da Cidade de São Paulo. Em 1998, os organizadores da Agenda Afro-Brasileira-98 deram-lhe o prêmio Machado de Xangô.
Elaborado por Pâmela Torres Michelette - 4º ano de História.
Referências Bibliográficas:
OLIVEIRA, Eduardo. Quem é Quem na Negritude Brasileira. São Paulo: Edição do autor, 1998, p.130.