Imprensa NegraB I O G R A F I A S

 

xArlindo Veiga dos Santos

Colaborador do jornal A Voz da Raça.

 A Voz da Raça, n°07 – 29/04/1933, p.01

Arlindo Veiga Cabral dos Santos nasceu em Itu, a 12 de fevereiro de 1902. Fez o curso primário no Grupo Escolar Dr. Cesário Mota (1909-1903), e o ginasial nos Colégios São Luís, dos padres jesuítas, e N. S. do Carmo (1914-1919), ambos em Itu. Bem cedo iniciou-se nas lides jornalística e no magistério particular. Diplomou-se em Filosofia e Letras na Faculdade de Filosofia e Letras de São Paulo (hoje São Bento, da Universidade Católica de São Paulo), em 1925, continuando na carreira de professor e jornalista (OLIVEIRA, 1998, p.39).

“No campo da política, atuou primeiro no partido da mocidade, fundando, em 1928, com um grupo de amigos, o Centro Monarquista de Cultura Política Pátria Nova, núcleo da futura Ação Imperial Patrianovista Brasileira, de que se tornou chefe geral, estabelecendo-a em todo o país” (OLIVEIRA, 1998, p.39). Foi o primeiro presidente da Frente Negra Brasileira (FNB), contudo essa escolha de Arlindo Veiga dos Santos para a presidência da FNB foi aceita com restrições por vários membros, inclusive pelo grupo que se formara em torno do O Clarim d’Alvorada. Logo na elaboração dos estatutos, os quais deram à organização um caráter nitidamente fascista, surgiram as primeiras divergências. Ele presidiu a FNB até junho de 1934, quando pediu seu afastamento. Também dirigiu os jornais Pátria Nova, O Bibliófilo e os semanários Mensageiros da Paz e O Século.
“Arlindo Veiga dos Santos foi eleito para sócio titular do Instituto Histórico Geográfico de São Paulo, em 1956. Foi professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, catedrático da Faculdade de Filosofia de Lorena SP, professor da Faculdade de Ciências Econômicas do Sagrado Coração de Jesus e da Faculdade de Filosofia da Universidade de Campinas. Membro destacado, entre outras entidades, do Instituto de Direito Social da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas, da Sociedade Geográfica Brasileira e da Association de poetes de Langue Française” (OLIVEIRA, 1998, p.39).

Publicou diversos trabalhos como: Para a ordem nova, Eco do Redentor, A lírica de Luiz Gama, O Problema Operário e a Justiça Social, Brasil, província de El Rei, Sentimento de Fé e Incenso de minha miséria, De Nóbrega e outros patrícios. O seu livro Amar... e amor depois recebeu a Menção Honrosa da Academia Brasileira de Letras, em 1923. Publicou, também, outras obras de cunho político, social, lírico e ligado à questão racial. Arlindo faleceu no ano de 1978 (OLIVEIRA, 1998, p.39).

Elaborado por Pâmela Torres Michelette - 4º ano de História.

Referências Bibliográficas:
OLIVEIRA, Eduardo. Quem é Quem na Negritude Brasileira. São Paulo: Edição do autor, 1998, p.39.

 

 

 

 

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