Canto LibertárioCATÁLOCO DE PERIÓDICOS
TÍTULO: CHAPA BRANCA – A Verdade Acima das Conveniências
ENDEREÇO: Avenida W–3 – Quadra 48 – bloco 18 – casa 18 Centro Beneficente dos Motoristas Profissionais do Serviço Público de Brasília.
CIDADE: Brasília.
PERIDIOCIDADE: mensal.
N. º DE PÁGINA: 6.
DATAS LIMITE: 1º de novembro de 1963
EXEMPLARES: Ano I: n. ° 1.
RESPONSÁVEL: Athayde da Silva Dias.
ILUSTRAÇÃO: Apresenta algumas fotos ilustrando as notícias da época.
COLABORADORES: Não é possível identificar colaboradores freqüentes.
CARACTERIZAÇÃO: Periódico elaborado pela imprensa alternativa, organizado por um grupo de funcionários no Distrito Federal. Destaca–se pelo tom reivindicador, direcionado ao trabalhador, mas sobretudo à classe média, ao tratar de questões políticas. As colunas tratam do desempenho governamental em diversas áreas e da crise social no país. Dedica–se a criticas quanto a esta atuação, todavia fica exposto no jornal a ausência de vínculos com outros órgãos. Apesar de alternativo, o jornal apresenta alguns anúncios publicitários. Muitos artigos são publicados em uma seção para os leitores. Há também colunas tratando de assuntos cotidianos sem referências à ideais políticos.
DESCRIÇÃO: O periódico inicia sua publicação no governo de João Goulart e assume uma postura crítica em relação a este, não se constituindo um instrumento de oposição ao mesmo. Opõe-se à corrupção e discorre sobre as causas desta, sobretudo no que diz respeito à crise administrativa e apóia-se em um movimento reformista. O governo de João Goulart foi contraditório na medida em que procurou estreitar as alianças com o movimento sindical e setores nacional-reformistas, ao mesmo tempo em que tentou implementar uma política de estabilização baseada na contenção salarial. Seu Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social, elaborado pelo ministro do Planejamento Celso Furtado, tinha por objetivo manter as taxas de crescimento da economia e reduzir a inflação. Essas condições, exigidas pelo FMI, seriam indispensáveis para a obtenção de novos empréstimos, para a renegociação da dívida externa e para a elevação do nível de investimento.