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os textos compartilham a preocupação de refletir sobre os desafios de fazer dos
impressos objeto da reflexão historiográfica.
Outro conjunto de textos, ainda que distantes no que respeita ao tempo,
espaço e tipo de temática, podem ser colocados em diálogo pelo fato de mobilizarem
jornais e revistas enquanto documentação privilegiada. Assim, a produção do
pensador francês Ernest Renan, os primeiros anos do rádio no Brasil, a modernidade,
o café e a ferrovia em Botucatu configuram um rol que não pode prescindir da tarefa
de pensar sobre o significado da seleção de títulos que fizeram para construir seus
trabalhos, o que os aproxima do ponto de vista dos aspectos metodológicos.
Ainda tendo por fio condutor a fonte, cabe destacar o texto que discute as
imagens encontradas no cemitério São Pedro, na cidade de Londrina, que notabilizam
os mortos com o título de pioneiros, não raro outorgado muito tempo depois do seu
passamento.
É certo que esse conjunto poderia ser ordenado de outra maneira. Por
exemplo: se elegermos o conceito de identidade, que atravessa vários textos, o
arranjo seria bem outro, tal como ocorreria se as noções de representação e
apropriação, presentes em várias das colaborações, viessem para o centro da cena.
As possibilidades são muitas e é justamente esta a riqueza do volume, que permite
leituras múltiplas, numa geometria complexa cuja forma final depende das perguntas
que forem formuladas. Por fim, vale chamar a atenção para o fato de se tratar de
trabalhos inacabados e em estágio bastante diferentes, o que explica o grau diverso
de profundidade dos textos.