Cronologia Biobibliográfica da Poetisa
1901 - 7
de novembro. Nasce Cecília Benevides de Carvalho Meirelles, no Morro de São
Carlos, no Rio de Janeiro, filha de Carlos Alberto de Carvalho Meirelles, morto
três meses antes, e de Maria Matilde
Benevides Meirelles.
1904 - Falece Maria
Matilde, mãe de Cecília, que passa a ser criada pela avó materna, Jacinta Garcia
Benevides (a única sobrevivente da família) e por Pedrina, sua babá.
1910 - Termina o curso
primário na Escola Estácio de Sá e recebe de Olavo Bilac (Inspetor Escolar do
Distrito) uma medalha de distinção e louvor.
1915 - Morre Pedrina, sua
babá.
1917 - Termina o curso da
Escola Normal, onde foi aluna de Alexina Magalhães Pinto, Alfredo Gomes, Basílio
de Magalhães e Osório Duque-Estrada. Começa a lecionar no curso primário, num
sobrado da Avenida Rio Branco.
1919 - Publica seu
primeiro livro, Espectros. São
dezessete sonetos parnasianos, com alguma influência simbolista, a julgar pelos
trechos a que se tem acesso, pois o volume foi descartado de sua Obra poética pela própria poetisa, e
jamais foi reeditado. Sua pequena edição foi, provavelmente, distribuída entre
amigos, e mesmo a família da autora não tem notícias de qualquer exemplar da
obra.
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1922 - Casa-se
com o pintor português radicado no Brasil Fernando Correia Dias e
aproxima-se do grupo de escritores católicos (Tasso da Silveira, Andrade
Muricy e outros).
Entre fevereiro e maio
escreve os poemas de Baladas para
El-Rei.
1923 - Publica
Nunca mais... e Poema dos
poemas, com ilustrações de Correia Dias. Também este livro foi
excluído, pela própria autora, de sua obra completa.
1924
- Publica Criança, meu
amor..., novamente com ilustrações de Correia Dias.
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1925 - Publica Baladas para El-Rei, com ilustrações de
Correia Dias, baseadas no perfil da poetisa.
1927 - Início da primeira
fase da revista Festa, do grupo de
escritores espiritualistas, entre os quais Cecília se incluía.
Em torno dessa mesma data, Cecília
escreve os poemas de Cânticos, que
permanecerão inéditos até 1981.
1928 - Por volta
desse ano, é publicada, pelo Annuario do Brasil, sua tradução de As mil e uma noites, realizada a partir
da versão francesa de Mardrus, com ilustrações de Correia Dias.
1929 - jan. Encerra-se a
primeira fase de Festa.
Publica a tese O espírito vitorioso, com a qual
concorreu à cadeira de literatura da Escola Normal. A tese não foi aprovada,
pois a banca (da qual participaram, entre outros, Alceu Amoroso Lima, Coelho
Neto e João Ribeiro) favoreceu o grupo dos reconhecidamente católicos, do qual
Cecília não fazia parte.
Começa a escrever os poemas que
integrarão o livro Viagem.
1930 - Inicia sua
colaboração no Diário de notícias,
com uma página diária sobre Educação.
Faz a conferência “Saudação à menina de
Portugal”, no Real Gabinete Português de Leitura. A conferência foi publicada
num folheto ilustrado por Correia Dias.
Participa das comissões responsáveis
pelas reformas educacionais no Brasil, iniciadas em torno desse ano.
É incluída na obra 9 poetas nuevos del Brasil, publicada em
Lima por Enrique Bustamante y Ballivian.
1931 - Encerra sua
colaboração no Diário de notícias e
passa a escrever para o jornal A
Nação, sobre o mesmo assunto.
Falece Jacinta Garcia Benevides, avó da
poetisa.
Realiza um inquérito sobre as leituras
das crianças, para o Departamento de Educação do Distrito Federal.
1933 - Profere, na
Sociedade Pró-Arte, conferência sobre os últimos sonetos de Cruz e Souza.
Para ilustrar suas palavras, exibe seus desenhos, feitos a partir dos
poemas do autor.
abr. Na mesma
sociedade, expõe seus desenhos sobre folclore afro-brasileiro, reunidos em
1983 no livro Batuque, samba e
macumba.
1934 - jul.
Tem início a segunda fase de Festa, com a colaboração de
Cecília.
set. A convite do Secretariado de Propaganda de Portugal, visita
Lisboa e
Coimbra, realizando
conferências nas universidades.
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Seu inquérito sobre as leituras das
crianças é publicado pelo Departamento de Educação do Distrito Federal.
nov. Como diretora do Centro
Infantil do Pavilhão Mourisco, no Botafogo, inaugura uma biblioteca infantil, a primeira do
gênero no Brasil. Decorado por Correia Dias, o prédio tem livros, jogos,
coleções, discos. Em datas especiais, o Centro imprime folhetos com poemas,
textos, fotos e desenhos, para serem distribuídos às crianças.
Encerra-se sua colaboração em A Nação.
1935 - É nomeada
professora de literatura da recém-fundada Universidade do Distrito Federal.
Publica o folheto Notícia da poesia brasileira, em
Coimbra, pela Biblioteca Geral da Universidade.
Em separata do Mundo português, publica a conferência
“Batuque, samba e macumba”, realizada em Portugal, no ano anterior, acompanhada
de seus desenhos, já apresentados ao público brasileiro em 1933.
ago. Encerra-se a segunda e
última fase de Festa.
19 nov. Fernando Correia Dias
suicida-se, aos 42 anos, enforcando-se após uma “crise de neurastenia”, segundo
os jornais da época. A poetisa, com três filhas, começa a passar por
dificuldades financeiras.
1936 - Publica crônicas
semanais no Correio Paulistano.
1937 - Publica sua
tradução de Os mitos hitleristas, de
François Perroux.
Publica, em colaboração com Josué de
Castro, A festa das letras, na série
“Alimentação” da Editora Globo.
Sua biblioteca infantil, no Pavilhão
Mourisco, é fechada por Getúlio Vargas, sob a acusação de conter livros
perniciosos à formação das crianças. A prova é um exemplar de As aventuras de Tom Sawyer, de Mark
Twain.
1938 - A conselho de
um vidente, retira uma das letras de seu sobrenome, passando a assinar
Meireles e não mais Meirelles, com o objetivo de “fazer a vida mais
leve”.
Procurando sanar, ao menos em
parte, suas dificuldades financeiras, Cecília inscreve o livro Viagem, ainda inédito, no concurso
de poesia da Academia Brasileira de Letras. Após intensa polêmica
(relatada por Cassiano Ricardo, principal defensor da poetisa, em seu
livro A Academia e a poesia
moderna), Cecília torna-se a primeira mulher premiada pela
Academia.
1939 - Viagem é publicado pela Editora
Ocidente, de Portugal, com a dedicatória “A meus amigos portugueses”.
Participa da antologia Brazilia
Üzon, publicada em Budapeste, por Brazil Költök, em tradução de Paulo
Rónai. |
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Publica Rute e Alberto resolveram ser turistas
(matéria do programa de Ciências Sociais do terceiro ano elementar), pela
Editora Globo, em Porto Alegre.
Inicia a publicação, em capítulos, de
Olhinhos de gato, na revista Ocidente, em Portugal.
1940 - Encerra a
publicação de Olhinhos de gato.
Trabalhando como entrevistadora para o
Observador Econômico e Financeiro,
conhece o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grillo, fundador da
Universidade Rural, com quem se casa no mesmo ano. Vão residir, inicialmente,
num apartamento da Praia de Botafogo.
set. Posta à disposição pelo
Departamento de Imprensa e Propaganda, vai aos Estados Unidos e México,
ministrando conferências e cursos sobre literatura e cultura brasileiras.
É responsável, ainda, pela publicação
da revista Travel in Brazil, do mesmo
departamento.
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1942 - Publica
Vaga música, pela Pongetti, no
Rio de Janeiro.
Colabora em A Manhã, publicando um longo
estudo sobre folclore infantil comparado.
13 ago. Profere a
conferência “Mundos de estudantes” aos alunos da Faculdade de Direito do
Largo de São Francisco, em São Paulo, entre os quais se encontravam Lygia
Fagundes (ainda sem o sobrenome do marido), Péricles Eugênio da Silva
Ramos e Ruy Affonso Machado, promotores do evento. Na mesma ocasião,
reúne-se com Oswald de Andrade e Monteiro Lobato, no apartamento de
Lygia. |
1943 - jul. Seus
poemas “Words in the sand” (em tradução de Isabel do Prado) e “Song” (em
tradução de Norman Fraser) aparecem em Life and letters to-day.
Em torno desse ano, vai pela primeira
vez a Ouro Preto e fica fascinada pelo cenário setecentista.
1944 - Visita o
Uruguai e a Argentina.
Publica a antologia Poetas novos de Portugal, com prefácio e
seleção de sua autoria.
1945 - Publica Mar absoluto e outros poemas, pela
Editora Globo, em Porto Alegre.
Publica, em Boston, Rute e Alberto, adaptado para o ensino
de língua portuguesa.
Recebe de Juscelino Kubitschek,
prefeito de Belo Horizonte, a sugestão de escrever acerca da Inconfidência
Mineira. Começa a realizar pesquisas sobre o século XVIII.
1946 - Os poemas
“Doce cantar” e “Lamento do oficial por seu cavalo morto” aparecem em Orbe, no México, em tradução de J.
Corner.
Em edição mimeografada, no Rio de
Janeiro, surge a peça folclórica para teatro de marionetes, A nau catarineta.
Muda-se para o casarão da rua Smith
Vasconcelos, número 30, ao lado do caminho para o Corcovado, onde residirá até
sua morte.
1947 - mar. Publica
suas “Notas de folclore gaúcho-açoriano”, no Província de São Pedro, de Porto
Alegre.
Participa da Antologia poética (1923-1945), publicada
em Montevidéu, em folhetos, pelos Cuadernos “Poesía de América”, em tradução de
Gastón Figueira.
Publica sua tradução de A canção de Amor e de Morte do
porta-estandarte Cristóvão Rilke, de Rainer Maria Rilke, feita a partir da
versão francesa de Suzanne Kra, com a assistência de Paulo Rónai.
1948 - 16 a 18 mar.
Organiza uma exposição de folclore mundial em sua casa, com peças folclóricas de
sua coleção e de alguns amigos.
Colabora na formação da Comissão
Nacional de Folclore.
Mélot du Dy traduz sua “Elegia sobre a
morte de Gandhi” e a publica em Les
cahiers de l’est.
Sua “Evocação Lírica de Lisboa” é
publicada em separata da revista “Atlântico”, em Portugal.
Publica sua tradução de Orlando, de Virginia Woolf, pela Editora
Globo, em Porto Alegre.
1949 - Publica Retrato natural, pela Livros de
Portugal, no Rio de Janeiro.
Publica Rui - pequena história de uma grande
vida, em edição comemorativa do centenário de Rui Barbosa, destinada a ser
distribuída gratuitamente a estudantes, pela Casa de Rui Barbosa. A obra é
republicada no mesmo ano, pela Livros de Portugal, em edição comercial.
1951 - Publica Amor em Leonoreta, pela Hipocampo, no
Rio de Janeiro.
Participa da antologia Atlantische Landschaft, publicada em
Hamburgo, com introdução, seleção e tradução de Wolf Bergman.
Publica, pela Imprensa Oficial de Minas
Gerais, Problemas da literatura
infantil, reunião de uma série de conferências sobre o tema.
Atua como secretária no Primeiro Congresso Nacional de
Folclore, em Porto Alegre.
Faz nova viagem à Europa. Conhece
França, Bélgica e Holanda, e realiza um de seus grandes sonhos: visita os
Açores, terra de seus antepassados, onde ouve, comovida, o povo cantar as
canções que aprendera com sua avó, na infância.
Inicia sua correspondência com
Armando Côrtes-Rodrigues, poeta açoriano.
Aposenta-se do cargo de diretora
da Prefeitura do Distrito Federal. |
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1952 - Publica Doze noturnos da Holanda e O Aeronauta,
pela Livros de Portugal, no Rio de Janeiro.
Participa da antologia Un demi siècle de poésie, em tradução de
Mélot du Dy, publicada em Lausanne.
Participa ainda de Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Carlos
Drummond de Andrade, tres edades en la poesía brasileña actual, folheto
publicado em Montevidéu, com seleção e tradução de Cipriano S. Vitureira.
Escreve sobre artes populares para a
obra Artes plásticas no Brasil,
editada por Rodrigo M. F. de Andrade.
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1953 - Depois
de quase dez anos de pesquisa, publica o Romanceiro da Inconfidência, pela
Livros de Portugal, no Rio de Janeiro.
A convite do primeiro-ministro
Nehru, visita a Índia e participa de um congresso sobre a obra de Gandhi.
Sua comunicação, feita nesse congresso, é publicada em Gandhian out-look and tecniques,
edição do Ministério da Educação, em Nova Delhi. Nessa mesma ocasião,
recebe das mãos do presidente da Índia o título de Doutor Honoris Causa
pela Universidade de Delhi. Enquanto viaja, escreve poemas sobre o
país.
Voltando ao Brasil, passa pela
Itália, onde colhe material para novos poemas.
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1954 - Volta à
Europa e aos Açores, a fim de pesquisar a história de seus antepassados.
10 set. Profere discurso na
inauguração da Exposição Interamericana de Artes e Técnicas Populares, em São
Paulo.
1955 - Seu discurso
de 10 de setembro é publicado no ABC do
Folclore, de Rossini Tavares de Lima.
Publica o Pequeno oratório de Santa Clara, numa
edição artesanal da Philobiblion, apresentado em caixa de madeira pintada, em
formato de oratório.
Participa da antologia Schwan im Schatten, publicada em
Munique, em tradução de Albert Theile.
Publica, novamente pela Philobiblion,
Pistóia, cemitério militar
brasileiro, com xilogravuras de Manuel Segalá.
Publica seu “Panorama folclórico dos
Açores, especialmente da Ilha de São Miguel”, na Revista Insulana, de Ponta Delgada.
Profere conferência na Casa dos Açores,
com João Afonso e Vitorino Nemésio.
1956 - Publica Canções, pela Livros de Portugal, no Rio
de Janeiro.
Participa da Anthologie de la poésie
ibéro-américaine, publicada em Paris, com tradução de Armand Guibert.
Publica Giroflê, giroflá, pela Civilização
Brasileira, no Rio de Janeiro.
Publica, ainda, sua conferência na
Fundação Dulcina, intitulada “O elemento oriental em García Lorca”.
1957 - Publica o Romance de Santa Cecília, pela
Philobiblion, no Rio de Janeiro.
Ministra um curso livre de literatura
dramática oriental, na Fundação Dulcina.
Publica A rosa, com ilustrações de Lygia
Sampaio, pela Dinamene, em Salvador. Trata-se de uma edição especial dos cinco
“Motivos da rosa”, de Mar absoluto e
outros poemas.
Seu poema “Retrato”, em tradução de
Dolph Verspoor, é publicado em De
gids, em Amsterdam.
Viaja a Porto Rico.
Publica a conferência pronunciada em
Porto Alegre, intitulada “O folclore na literatura brasileira”.
Publica, em folheto do Centro Cultural
Brasil-Israel, A Bíblia na literatura
brasileira.
1958 - É lançada a
primeira edição de sua Obra poética,
pela Aguilar, no Rio de Janeiro. Cecília Meireles retirou do volume os três
livros anteriores a Viagem: Espectros, Nunca mais... e Poema dos poemas e Baladas para El-Rei.
Sua tradução de Os caminhos de Deus, de Kathryn Hulme, é
publicada nas Seleções do Reader’s
Digest.
Conhece Israel, onde ministra um ciclo
de conferências.
1959 -
Publica, pelo Centro Cultural Brasil-Israel, o folheto Eternidade de Israel, texto em
prosa poética, acerca de suas impressões de viagem.
Sua conferência “Expressão
feminina da poesia na América” é publicada pelo M.E.C., no volume Três conferências sobre cultura
hispano americana.
1960 - Publica
Metal rosicler, pela Livros de
Portugal, no Rio de Janeiro.
Sua tradução de Bodas de sangue, de Federico
García Lorca, é publicada pela Agir, no Rio de Janeiro.
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Os poemas “Arco”, “Abitante di Roma”,
“Fontana di Trevi”, “Cave canem” e “Quelche mi disse il morto di Pompei” são
publicados em Il giornale dei poeti,
em Roma, com tradução de Mercedes La Valle.
Sua tradução de Amado e glorioso médico, de Taylor
Caldwell, é publicada nas Seleções do
Reader’s Digest.
1961 - Suas
traduções de Sete poemas de Puravi,
Minha bela vizinha, Conto, Mashi e O carteiro do rei, de Rabindranath
Tagore, são publicadas em edição comemorativa do centenário do autor, pelo
M.E.C., no Rio de Janeiro.
Publica seus Poemas escritos na Índia, pela Livraria
São José, no Rio de Janeiro.
1962 - Participa de
Modern Brazilian Poetry, an
anthology, com introdução, seleção e tradução de John Nist, publicada em
Bloomington, pela Indiana University Press.
É publicado Quadrante 1, que reúne crônicas de
Cecília e de outros autores.
Suas traduções de poemas israelenses
são reunidas em Poesia de Israel, com
ilustrações de Portinari, em edição da Civilização Brasileira, no Rio de
Janeiro.
Sua tradução de Çaturanga, de Rabindranath Tagore, é
publicada pela Editora Delta, na coleção “Prêmios Nobel de Literatura”.
A doença que a levará à morte, um
câncer no estômago, começa a manifestar-se.
1963 - Publica sua Antologia poética, pela Editora do
Autor, no Rio de Janeiro.
Publica Solombra, pela Livros de Portugal, no
Rio de Janeiro.
Inicia sua colaboração semanal, em
forma de crônicas, para a Folha de São
Paulo.
É publicado Quadrante 2, com novas crônicas de
Cecília e outros autores.
Sua tradução de Yerma, de Federico García Lorca, é
publicada pela Agir, no Rio de Janeiro.
Inicia nova pesquisa histórica, com a
intenção de compor um poema épico-lírico sobre a fundação do Rio de Janeiro. A
obra não chegará a ser concluída.
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1964 - Publica Ou isto ou aquilo, pela Editora
Giroflê, em São Paulo.
Publica Escolha o seu sonho, pela Record,
no Rio de Janeiro.
set. A Academia Brasileira
de Letras atribui a Cecília Meireles o Prêmio Machado de Assis, pelo
conjunto de sua obra. A entrega do prêmio será feita somente post-mortem.
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9 nov. Falece no Hospital dos
Servidores do Estado do Rio de Janeiro, às 14h50, no apartamento 1132, no último
andar, de frente para o mar. Manteve-se lúcida e trabalhando quase até os
últimos dias. Seu corpo é velado no Palácio da Cultura até as dez horas do dia
seguinte e, depois disto, na Capela Real Grandeza.
10 nov. Às 17h20, é enterrada no
Cemitério de São João Batista, no túmulo 8.951, simples como pediu: a lápide tem
apenas sua assinatura e as datas de nascimento e morte, em bronze.
1965 - A Academia
Brasileira de Letras faz a entrega póstuma do Prêmio Machado de Assis, pelo
conjunto da obra da autora.
A Sala de Concertos e conferências do
Estado da Guanabara passa a chamar-se Sala “Cecília Meireles”.
A Editora José Olympio, em homenagem
póstuma, publica seu livro inacabado, Crônica trovada da cidade de Sam
Sebastiam.
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