INTRODUÇÃO À METODOLOGIA CIENTÍFICA
A importância que a Iniciação à Pesquisa tem adquirido entre os alunos do Curso de Psicologia da FCL – Unesp - Assis, quer por iniciativas isoladas de professores - orientadores e, mais recentemente, pela institucionalização do Programa Interdisciplinar de Iniciação Científica, desenvolvido coletivamente por um grupo de docentes, junto aos alunos ingressantes, foi a principal motivação para que organizássemos o presente material. Há farta bibliografia sobre o assunto o que, em certa medida, acaba se configurando como um desafio para alunos recém ingressados na Universidade. Outro fator limitante para este primeiro contato com Pesquisa Científica é o escasso tempo que os alunos têm para desenvolver e executar os seus projetos. Essas duas constatações indicaram a necessidade de disponibilização de um material que, sem ser exatamente um manual, pudesse ser de fácil consulta e, ao mesmo tempo, servisse de referência para aqueles que desejarem um maior aprofundamento no assunto.
Assim, o que se verá nesta página, são compilações de pesquisas e textos produzidos por especialistas, disponibilizados na Internet.
Nesta primeira parte temos um roteiro das principais fases na elaboração e na execução do projeto de pesquisa, num ótimo trabalho de síntese do Professor José Luiz de Paiva Belo.
O autor, porém dedicou pouco espaço a questão da utilização da Internet tanto como fonte de informações, campo de pesquisa e a questão de como citar o material obtido eletronicamente na rede. Tais questões são abordadas no artigo Informática e Educação (em elaboração) e no Guia para pesquisa na Internet a ser disponibilizado em www.assis.unesp.br/egalhard/infoeduc.htm.
Após estas considerações, resta desejar bom uso do material.
Drs. Eduardo Galhardo & José Luiz Guimarães (03/04/2000)
REFERÊNCIAS
BELO, José Luiz de Paiva. Metodologia Científica. [online] Disponível na Internet via WWW.URL: http://www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm. Capturado em 23/02/1999
ÍNDICE
1 -
Introdução2 -
O Projeto deste Trabalho5
- Técnicas de Coletas de Dados
5.1 - Questionário
5.2 - Entrevista
5.3 - Observação
5.4 - Análise de Conteúdo
5.4.1 - A Internet
6 - Estrutura de Apresentação do Trabalho
6.1 - Capa
6.2 - Folha de Rosto
6.3 - Dedicatória
6.4 - Agradecimento
6.5 - Sumário
6.5.1 - Divisão de
um Sumário
6.6 - Texto
6.6.1 - Introdução
6.6.2 - Desenvolvimento
do Texto
6.6.3 - Conclusão
6.7 - Anexos ou Apêndices
6.8 - Referências Bibliográficas
6.8.1 - Livros
a) Autor
pessoa física:
b) Até
três autores:
c) Mais
de três autores:
d) Sem
nome do autor:
e) Dissertação
/ Tese:
f) Autor
corporativo:
O autor do capítulo citado é também autor da obra:
O autor do capítulo citado não é o autor da obra:
6.8.2
- Artigos
a) Artigo
de um autor:
b) Artigo
não assinado (sem nome de autor):
c) Artigo
de jornal assinado:
c) Artigo
de
jornal não assinado (sem nome de autor):
6.8.3 - Publicações
Periódicas
a) Coleções
inteiras:
b) Somente
uma parte de uma coleção:
c) Decretos-Leis,
Portarias etc.:
e) Trabalho publicado em anais de congresso e outros eventos:
f)
Anais de
congresso no todo:
6.8.4 - Obras de
Referência
a) Dicionário:
b) Enciclopédia:
c) Anuário:
6.8.5
- Internet
6.9 - Glossário
6.10 - Capa
7 - Organização
do Corpo do Texto
7.1 - Citações
7.2 - Localização
das Citações
7.3 - Paginação
(numeração das páginas)
7.4 - Formato
8 - Bibliografia
8.1 - Referências
Bibliográficas
8.2 - Bibliografia Recomendada
9 - Glossário
9.1- Palavras
utilizadas em pesquisa
9.2- Palavras ou expressões latinas utilizadas em pesquisa
1 - Introdução:
Este trabalho não tem a pretensão de abranger todas as questões envolvidas em Metodologia Científica. Trata-se, tão somente, de uma ajuda para consulta por parte dos alunos dos cursos de graduação. Qualquer aprofundamento teórico ou prático deverá ser buscado na bibliografia sugerida no final deste trabalho.
Nossa intenção foi apenas facilitar a busca dos alunos no que diz respeito aos trabalhos de pesquisa acadêmica. A estrutura deste trabalho, por si só, serve de modelo para um trabalho realizado em sala de aula. Além disso, procuramos apresentar e explicar as regras para cada parte de um trabalho científico.
Baseados em observações próprias, sem conotação científica, notamos que a disciplina de Metodologia Científica é uma das mais rejeitadas pelos alunos em praticamente todos os cursos de graduação. É, mais ou menos, como o velho chavão do "odeio matemática", mesmo que a matemática não seja tão terrível assim.
Na verdade, essa rejeição não se dá pela disciplina em si, já que seu conteúdo é simples e até mesmo primário; a rejeição só pode se tornar efetiva, real, por responsabilidade única da didática aplicada pelos professores que ministram as aulas que tratam de métodos de pesquisa.
A disciplina Metodologia Científica é iminentemente prática e deve estimular os alunos para que busquem motivações para encontrar respostas às suas dúvidas. Se estamos nos referindo a uma disciplina engajada num curso superior, estamos, concomitantemente, referindo-nos a uma Academia de Ciência e, como tal, as respostas dadas às dúvidas primeiras devem ser buscadas através do rigor científico e apresentadas através das normas acadêmicas vigentes.
Dito isto, parece que fica claro que metodologia científica não é um simples conteúdo a ser decorado pelos alunos, para ser verificado num dia de prova; trata-se de fornecer aos alunos um instrumental indispensável para que sejam capazes de atingir os objetivos da Academia, que são o estudo e a pesquisa em qualquer área.
Procuramos, na medida do possível, seguir rigorosamente as regras definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, para elaboração de trabalhos científicos.
Caso alguma regra não esteja sendo cumprida, a responsabilidade é da desatenção do autor.
Quando falamos de um curso superior, estamos nos referindo, indiretamente, a uma Academia de Ciências, já que qualquer Faculdade nada mais é do que o local próprio da busca incessante do saber científico. Neste sentido, esta disciplina tem uma importância fundamental na formação do profissional. Mas aprender a pesquisar é muito fácil.
Vejam só:
2
- O Projeto deste Trabalho:
2.1 - Revisão
de Literatura
Muitos livros são escritos sobre a questão dos métodos de
pesquisas; entre eles destacamos:
VERA, Armando Asti. Metodologia da pesquisa científica. Porto Alegre:
Globo, 1976.
Livro tradicional, que apresenta em forma discursiva, os métodos científicos. É um dos livros escritos por um professor de Filosofia da Ciência da Universidade Nacional de Buenos Aires. O objetivo principal deste livro "é a exposição e análise crítica do significado e dos limites dos métodos e técnicas atuais de investigação" (Vera, 1976: 1). Note-se que este livro foi escrito em 1973.
De qualquer forma é um livro simples e de fácil
entendimento para os cursos de graduação.
BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 1968. 151 p. (Biblioteca Tempo Universitário, 12).
Livro mais complexo sobre Filosofia das Ciências. Este livro é mais indicado para os cursos de pós graduação ou ao de graduação em Filosofia.
GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 986. 200 p.
Este livro pode ser dividido em uma parte teórica e outra prática; é um livro próximo do elaborado por Asti Vera, sendo que um pouco mais valorizado nas questões práticas da Metodologia Científica.
É um excelente livro para os cursos de graduação e oferece alguns capítulos que ajudam no aproveitamento da leitura e técnicas de redação.
Apresenta também um glossário, que ajuda aos alunos a compreenderem os termos referentes à Metodologia Científica.
BASTOS, Lília da Rocha, PAIXÃO, Lyra, FERNANDES, Lucia Monteiro. Manual
para a elaboração de projetos e relatórios de pesquisa, teses e
dissertações. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
É um livro fundamentalmente prático. As três professoras
da Universidade Federal do Rio de Janeiro propuseram-se a realizar uma obra em
estilo de manual, baseando-se nos modelos americanos existentes. É também um
bom livro no que se refere às questões práticas. Traz no seu bojo as regras
de Referências Bibliográficas da ABNT. No entanto, deve-se tomar
cuidado, já que a primeira edição do Manual é do ano de 1979 e as regras
foram alteradas no ano de 1989.
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa
em Ciências Sociais. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 1997. 107 p.
É um livro dedicado à pesquisa qualitativa em Ciência Social. É um livro limitado no seu contexto mais geral., já que não amplia as abordagens tratadas. No entanto, é passível de consulta, podendo ser útil numa consulta de termos e aspectos teóricos em qualquer área.
2.2 - Justificativa
Realizada a Revisão de Literatura, podemos notar que quase todas as obras tratam a questão da Metodologia Científica no seu sentido teórico. A partir daí notamos, por conseqüência, a necessidade de realizarmos uma obra que oriente os alunos na confecção de trabalhos de sala de aula.
A presente obra procura não dificultar as questões que envolvem a elaboração de um projeto e o relatório da pesquisa, portanto, pode ser entendida como uma facilitadora da aprendizagem, onde os alunos poderão consultar, a qualquer hora, para suprimir suas dúvidas quanto aos procedimentos, técnicas e normas de pesquisa.
É um trabalho realizado especificamente para alunos dos cursos de graduação, se bem que possa ser utilizado pelos dos cursos de pós-graduação. Pela sua simplicidade e pela sua intenção de ser um trabalho direto e objetivo, torna-se uma obra de real importância. Podemos dizer também que trata-se de uma obra singular na literatura sobre Metodologia Científica, embora não concludente e passível de revisão e ampliação.
2.3 - Objetivos
2.4 - Metodologia
A metodologia adotada nesta obra foi somente a Análise de Textos. Vários livros foram consultados e procurou-se encontrar uma maneira de sintetizá-los numa obra que tivesse o caráter de objetividade e riqueza de dados.
Esta obra tem origem numa apostila feita para consulta dos alunos. A partir daí essa apostila foi revisada e ampliada para que se tornasse mais completa.
A evolução humana corresponde ao desenvolvimento de sua inteligência. Sendo assim podemos definir três níveis de desenvolvimento da inteligência dos seres humanos desde o surgimento dos primeiros hominídeos:
Os seres humanos pré-históricos não conseguiam entender os fenômenos da natureza. Por este motivo, suas reações eram sempre de medo: tinham medo das tempestades e do desconhecido. Como não conseguiam compreender o que se passava diante deles, não lhes restava outra alternativa senão o medo e o espanto daquilo que presenciavam.
Num segundo momento, a inteligência humana evoluiu do medo para a tentativa de explicação dos fenômenos através do pensamento mágico, das crenças e das superstições. Era, sem dúvida, uma evolução já que tentavam explicar o que viam. Assim, as tempestades podiam ser fruto de uma ira divina, a boa colheita da benevolência dos mitos, as desgraças ou as fortunas eram explicadas através da troca do humano com o mágico.
Como as explicações mágicas não bastavam para compreender os fenômenos os seres humanos finalmente evoluíram para a busca de respostas através de caminhos que pudessem ser comprovados. Desta forma nasceu a ciência metódica, que procura sempre uma aproximação com a lógica (em breve evoluiremos para desenvolver este tema).
O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. Esta característica permite que os seres humanos sejam capazes de refletir sobre o significado de suas próprias experiências. Assim sendo, é capaz de novas descobertas e de transmiti-las a seus descendentes.
O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua característica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro, que, por sua vez, aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a ciência.
4.1 - Escolha do Tema
Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o
trabalho de pesquisa:
4.1.1 - Fatores internos
4.1.2 - Fatores Externos
4.2 - Levantamento ou Revisão de Literatura
O Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa.
4.2.1 - Sugestões para o Levantamento de
Literatura
4.2.1.1 – Locais de coletas
Determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados.
4.2.1.2 – Registro de documentos
Esteja preparado para copiar os documentos, seja através de
xerox, fotografias ou outro meio qualquer.
4.2.1.3 – Organização
Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa. O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis:
a - Nível geral do tema a ser tratado.
Relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto.
b - Nível específico a ser tratado.
Relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado.
4.3 - Problema
O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa.
4.4 - Hipótese
Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao problema levantado no tema escolhido para pesquisa.
O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a
hipótese (ou suposição) levantada.
4.5 – Justificativa
A justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e a hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, de ser comprovada.
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da justificativa, de não se tentar justificar a hipótese levantada, ou seja: tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.
4.6 – Objetivos
A definição dos objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.
Os objetivos podem ser separados em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos.
4.7 - Metodologia
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.
É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.
4.8 - Esquema do Trabalho
O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaboração do texto final.
Este Esquema é um esboço, podendo ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do trabalho.
Depois
de concluída a pesquisa, este Esquema irá se tornar o Sumário do trabalho
final.
Exemplo:
Título: Ocupações Marginais no Nordeste Paulista
1 Introdução
2 Ocupações marginais
2.1 Conceito de ocupação marginal
2.2 Características das ocupações marginais
2.2.1 Características econômicas
2.2.2. Características sócio-culturais
3 Ocupações marginais e mobilidade social
3.1 Desigualdade social
3.2. Mobilidade social
3.2.1 Modelos explicativos da mobilidade
social
3.2.2 A metodologia da mobilidade
3.2.3 Mobilidade e distância social
4. Ocupações marginais na área urbana
4.1 Setor artesanal
4.2 Setor de comércio
4.3 Setor de serviços
5 Ocupações marginais na área rural
5.1 Setor da agricultura
5.2 Setor da pecuária
5.3 Setor de mineração
6 Conclusões (Lakatos, Marconi, 1991: 155)
5.1.1 - Conteúdo de um questionário:
5.1.1.1 – Carta Explicação
A Carta Explicação deve conter:
A proposta da pesquisa;
Instruções de preenchimento;
Instruções para devolução;
Incentivo para o preenchimento e;
Agradecimento.
5.1.1.2 – Itens de Identificação do Respondente
Para que as respostas possam ter maior significação é interessante não identificar diretamente o respondente com perguntas do tipo NOME, ENDEREÇO, TELEFONE etc., a não ser que haja extrema necessidade, como para selecionar alguns questionários para uma posterior entrevista (trataremos das técnicas de entrevistas posteriormente).
A criação dos itens formulário segue as regras abaixo.
5.1.1.3 – Itens sobre as questões a serem pesquisadas.
5.1.1.3.1 – Formulário de itens sim-não, certo-errado e verdadeiro-falso;
Ex.: Trabalha? ( ) Sim ( ) Não
5.1.1.3.2 – Respostas livres, abertas ou curtas;
Ex.: Bairro onde mora: ______________________________
5.1.1.3.3 – Formulário de múltipla escolha;
Ex.: Renda Familiar:
( ) Menos de 1 salário mínimo
( ) 1 a 3 salários mínimos
( ) 4 a 6 salários mínimos
( ) 7 a 11 salários mínimos
( ) Mais de 11 salários mínimos
5.1.1.3.4 – Questões mistas.
Ex.: Quem financia seus estudos?
( ) Pai ou mãe
( ) Outro parente
( ) Outra pessoa
( ) O próprio aluno
Outro: _____________________________________
5.2 - Entrevista
Observações iniciais:
É necessário ter um plano para a entrevista para que no momento em que ela esteja sendo realizada as informações necessárias não deixem de ser colhidas.
As entrevistas podem ter o caráter exploratório ou ser de coleta de informações.
Se a de caráter exploratório é relativamente estruturada, a de coleta de informações é altamente estruturada.
5.2.1 - Sugestões de planejamento para se realizar uma entrevista
5.2.1.1 – Quem deve ser entrevistado
Procure selecionar pessoas que realmente têm o conhecimento necessário para satisfazer suas necessidades de informação.
5.2.1.2 – Plano da entrevista e questões a serem perguntadas
Prepare com antecedência as perguntas a serem feitas ao entrevistado e a ordem em que elas devem acontecer.
5.2.1.3 – Pré-teste
Procure realizar uma entrevista com alguém que poderá fazer uma crítica de sua postura antes de se encontrar com o entrevistado de sua escolha.
5.2.1.4 – Diante do entrevistado
Estabeleça uma relação amistosa e não trave um debate de idéias.
Não demonstre insegurança ou admiração excessiva diante do entrevistado para que isto não venha prejudicar a relação entre entrevistador e entrevistado.
Deixe que as questões surjam naturalmente, evitando que a entrevista assuma um caráter de uma inquisição ou de um interrogatório policial, ou ainda que a entrevista se torne um "questionário oral".
Seja objetivo, já que entrevistas muito longas podem se tornar cansativas para o entrevistado.
Procure encorajar o entrevistado para as respostas, evitando que ele se sinta falando sozinho.
Vá anotando as informações do entrevistado, sem deixar que ele fique esperando sua próxima indagação, enquanto você escreve.
Caso use um gravador, não deixe de pedir sua permissão para tal. Lembramos que o uso do gravador pode inibir o entrevistado.
5.2.1.5 – Relatório
Mesmo tendo gravado procure fazer um relatório o mais cedo possível.
5.3.1 - Sugestões para uma observação satisfatória
5.3.1.1 – Conhecimento prévio do que observar
Antes de iniciar o processo de observação, procure examinar o local.5.3.1.2 – Planejamento de um método de registro
Crie, com antecedência, uma espécie de lista ou mapa de registro de fenômenos. Procure estipular algumas categorias dignas de observação.
5.3.1.3 – Fenômenos não esperados
Esteja preparado para o registro de fenômenos que surjam durante a observação, que não eram esperados no seu planejamento.
5.3.1.4 – Registro fotográfico ou vídeo
Para realizar registros iconográficos (fotografias,. filmes, vídeos etc.), caso o objeto de sua observação sejam indivíduos ou grupos de pessoas, prepare-os para tal ação. Eles não devem ser pegos de surpresa.
5.3.1.5 – Relatório
Procure fazer um relatório o mais cedo possível.
5.4 - Análise de Conteúdo
Os
documentos como fonte de pesquisa podem ser primárias ou secundárias.
As fontes primárias são os documentos que gerarão análises para posterior
criação de informações.
Podem ser decretos oficiais, fotografias, cartas, artigos etc.
As fontes secundárias são as obras nas quais as informações já foram elaboradas (livros, apostilas, teses, monografias, etc. , por exemplo).
Sugestões para análise de documentos:
a - Locais de coletas:
Determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados.
b - Registro de documentos:
Esteja preparado para copiar os documentos, seja através de xerox, fotografias ou outro meio qualquer.
c - Organização:
Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa.
5.4.1 - A Internet
A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-se de uma rede mundial de comunicação via computador, onde as informações são trocadas livremente entre todos.
Sem dúvida, a Internet representa uma revolução no que concerne à troca de informação. A partir dela, todos podem informar a todos. Mas, se ela pode facilitar a busca e a coleta de dados, ao mesmo tempo oferece alguns perigos; na verdade, as informações passadas por essa rede não têm critérios de manutenção de qualidade da informação.
Explicando melhor: qualquer um pode colocar sua "Homepage" (ou sua Página) na rede. Vamos supor que um indivíduo coloque sua página na "net" (rede) e o objetivo desta página seja falar sobre a História do Brasil: ele pode perfeitamente, sem que ninguém o impeça, dizer que o Brasil foi descoberto "por Diogo da Silva, no ano de 1325". Sendo assim, devemos levar em conta que toda e qualquer informação colhida na Internet deverá ser confirmada antes de divulgada.
6 - Estrutura de Apresentação do Trabalho
ESTRUTURA DE UM TRABALHO
|
Modelo de estrutura de um trabalho completo:
(*) - Elementos adicionados de acordo com as necessidades (opcionais). O demais elementos são obrigatórios. |
6.1 - Capa
Deve
conter:
|
6.2 - Folha de Rosto
Deve conter:
Exemplos de informações essenciais sobre o trabalho:
|
6.3 – Dedicatória
- Tem a finalidade de se dedicar o trabalho a alguém, como uma homenagem de gratidão especial. Este item é dispensável.
6.4 - Agradecimento
- É a revelação de gratidão àqueles que contribuíram na elaboração do trabalho. Também é um item dispensável.
"Enumeração das principais divisões, seções e outras partes de um documento, na mesma ordem em que a matéria nele se sucede" (NBR 6027).
- O título de cada seção deve ser datilografado com o mesmo tipo de letra em que aparece no corpo do texto.
- A indicação das páginas localiza-se à direita de cada seção.
6.5.1 - Divisão de um Sumário
1 - SEÇÃO PRIMÁRIA
1.1 - SEÇÃO SECUNDÁRIA
1.1.1 - Seção Terciária
1.1.1.1. - Seção Quaternária
1.1.1.1.1 - Seção Quinária
2 - SEÇÃO PRIMÁRIA
a) alínea ou item
b) alínea ou item
c) alínea ou item
3 - SEÇÃO PRIMÁRIA
a) I .... Inciso
II ... Inciso
b) I .... Inciso
II ... Inciso
4 - SEÇÃO PRIMÁRIA
6.6 - Texto
É a parte onde todo o trabalho de pesquisa é apresentado e desenvolvido.
O texto deve expor um raciocínio lógico, ser bem estruturado, com o uso de uma linguagem simples, clara e objetiva.
6.6.1 - Introdução
Na introdução, o tema é apresentado e esclarecido aos leitores as indicações de leitura do trabalho.
6.6.2 - Desenvolvimento do Texto
Corpo do trabalho é onde o tema é discutido pelo autor.
As hipóteses a serem testadas devem ser claras e objetivas.
Devem ser apresentados os objetivos do trabalho.
A revisão de literatura deve resumir as obras já trabalhadas sobre o mesmo assunto.
Deve-se mencionar a importância do trabalho, justificando sua imperiosa necessidade de se realizar tal empreendimento.
Deve ser bem explicada toda a metodologia adotada para se chegar às conclusões.
6.6.3 - Conclusão
A conclusão é a parte onde o autor se coloca com liberdade científica, avaliando os resultados obtidos e propondo soluções e aplicações práticas.
6.7 - Anexos ou Apêndices
É todo material suplementar de sustentação ao texto (itens do questionário aplicado, roteiro de entrevista ou observação, uma lei discutida no corpo do texto etc.).
6.8 - Referências Bibliográficas
É o conjunto de indicações que possibilitam a identificação de documentos, publicações, no todo ou em parte. As obras são identificadas na seguinte ordem:
6.8.1 - Livros
a -
Autor (ou coordenador, ou organizador, ou editor) - Escreve-se primeiro o
sobrenome paterno do autor, em caixa alta, e, a seguir, o restante do nome,
após uma separação por vírgulas.
b - Título e subtítulo - O título deve ser realçado por negrito, itálico ou
sublinhado.
c - Número da edição(a partir da segunda edição)-Não se usa o sinal de decimal (a).
d - Local da publicação - É o nome da CIDADE onde a obra foi editada e, após a referência de local deve, ser grafado dois pontos (:). Não se coloca estado ou país.
e - Editora - Só se coloca o nome da editora. Não se coloca a palavra Editora, Ltda, ou S.A. etc. Por exemplo: da Editora Ática Ltda, colocar-se-ia apenas Ática.
f - Ano da publicação - É o ano em que a obra foi editada.
g - Número de volumes (se houver)
h - Paginação - Quantidade de páginas da obra.
i - Nome da série, número da publicação na série (entre parênteses)
Obs.: a) Dois espaços devem separar os diversos campos de uma referência.
b) A 2a linha e as subseqüentes se iniciam em baixo da 3a letra da 1a linha.
c) Em obras avulsas são usadas as seguintes abreviaturas:
org. ou orgs. = organizador (es)
ed. ou eds. - editor (es)
coord. ou coords. - coordenador (es)
Exemplos:
Autor pessoa física:
LIMA, Adriana Flávia Santos de Oliveira. Pré-escola e alfabetização: uma proposta baseada em Paulo Freire e Jean Piaget. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 1986. 228 p.
JAPIASSU, Hilton F.. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
Até três autores:
COSTA, Maria Aída B., JACCOUD, Vera, COSTA, Beatriz. MEB: uma história de muitos.Petrópolis: Vozes, 1986. 125 p. (Cadernos de Educação Popular, 10).
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 2 ed, São Paulo: Atlas, 1991. 231 p.
Mais de três autores:
OLIVEIRA, Armando Serafim et al. Introdução ao pensamento filosófico. 3 ed. São Paulo: Loyola, 1985. 211 p.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2 ed., 1989. 287 p.
Obs.: et al. (et alli) quer dizer e outros em latim.
Sem nome do autor:
O pensamento vivo de Nietzsche. São Paulo: Martin Claret, 1991. 110 p.
Dissertação / Tese:
BELLO, José Luiz de Paiva. Lauro de Oliveira Lima: um educador brasileiro. Vitória, 1995. 210 p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE, Universidade Federal do Espírito Santo, 1995.
Autor corporativo:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Programa de Pós-Graduação em Educação / PPGE-UFES. Avaliação educacional: necessidades e tendências. Vitória, PPGE/UFES, 1984. 143 p.
Citação de parte de uma obra:
O autor do capítulo citado é também autor da obra:
LIMA, Lauro de Oliveira, Ativação dos processos didáticos na escola secundária. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1976. cap. 12, p. 213-234 In: A escola secundária moderna: organização, métodos e processos.
O autor do capítulo citado não é o autor da obra:
HORTA, José Silvério Baía. Planejamento educacional. In:
MENDES, Dumerval
Trigueiro (org.). Filosofia da Educação Brasileira. Rio de Janeiro:
Civilização
Brasileira, 1991. p. 195-239.
6.8.2 - Artigos de revistas ou jornais
a - Autor(es) do artigo:
b - Título do artigo:
c - Título da revista:
d - Local da publicação:
e - Editor:
f - Indicação do volume:
g - Indicação do número ou fascículo:
h - Indicação de página inicial e final do artigo:
i - Data:
Exemplos:
Artigo de um autor:
BORTOLETTO, Marisa Cintra. O que é ser mãe? A evolução da condição feminina na maternidade através dos tempos. Viver Psicologia, São Paulo, v. I, n. 3, p. 25-27, out. 1992.
Obs.: No caso de mais de um autor, segue-se a mesma regra das referências dos livros.
Artigo não assinado (sem nome de autor):
A ENERGIA dual indígena no mundo dos Aymara (Andes do Peru e Bolívia). Mensageiro, Belém, n. 63, p. 35-37, abr./maio/jun., 1990.
Obs.: Escreve-se em maiúscula até a primeira palavra
significativa do título.
Artigo de jornal assinado:
DINIZ, Leila. Leila Diniz, uma mulher solar. Entrevista concedida ao Pasquim. Almanaque Pasquim, Rio de Janeiro, n. especial, p. 10-17, jul. 1982.
Artigo de jornal não assinado (sem nome de autor):
MULHERES têm que seguir código rígido. O Globo, Rio de Janeiro, 1 caderno, p. 40, 31 jan. 1993.
Obs: A referência de mês é reduzida a apenas três letras e um ponto. O mês de janeiro ficaria sendo jan., o de fevereiro fev. etc., com exceção do mês de maio que se escreve com todas as letras (maio) e sem o ponto. (veja o exemplo em artigo não assinado).
6.8.3 - Publicações Periódicas
Coleções inteiras:
EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS. São Paulo: Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, 1956 – 1999.
Obs.: Todas as revistas sob este título foram consultadas (até a presente data).
Somente uma parte de uma coleção:
FORUM EDUCACIONAL. Teorias da aprendizagem. Rio de janeiro: Fundação Getúlio Vargas, v.13, n.1/2, fev./maio 1989.
Obs.: Esta citação indica que a revista inteira foi consultada.
Decretos-Leis, Portarias etc.:
BRASIL. Decreto 93.935, de 15 de janeiro de 1987. Promulga a convenção sobre conservação dos recursos vivos marinhos antárticos. Diário Oficial (da República Federativa do Brasil), Brasília, v. 125, n. 9, p. 793-799, 16 de jan. 1987. Seção 1, pt. 1.
Pareceres, Resoluções etc:
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Parecer n. 1.406 de 5 out. 1979. Consulta sobre o plano de aperfeiçoamento médico a cargo do Hospital dos Servidores de São Paulo. Relator: Antônio Paes de Carvalho. Documenta, n. 227, p. 217-220, out. 1979.
Trabalho publicado em anais de congresso e outros eventos:
CHAVES, Antônio. Publicação, reprodução, execução: direitos autorais. In: Congresso Brasileiro de Publicações, 1., São Paulo, 5 a 10 de jul. 1981. Anais do I Congresso de Publicações. São Paulo: FEBAP, 1981. p. 11-29.
Anais de congresso no todo:
SEMINÁRIO DO PROJETO EDUCAÇÃO, 5., 24 out. 1996, Rio de Janeiro. Anais do V Seminário do Projeto Educação. Rio de Janeiro: Forum de Ciência e Cultura-UFRJ, 1996.
6.8.4 - Obras de Referência
Dicionário:
Educação. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da
língua portuguesa. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 185.
Enciclopédia:
Divórcio. In: Enciclopédia Saraiva de Direito. São Paulo: Saraiva,
1977. v. 29, p. 107-162.
Anuário:
Matrícula nos cursos de graduação em universidades e estabelecimentos
isolados, por áreas de ensino, segundo as universidades da Federação -
1978-80. In: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Anuário
estatístico do Brasil. Rio de Janeiro, 1982. Seção 2, cap. 17, p. 230:
Ensino.
6.8.4 - Internet
Não existem regras estipuladas para referências de "sites" da Internet. No entanto, o autor deste trabalho esteve na Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e recebeu a informação que até o final do ano de 1998 as normas já estariam estabelecidas. Neste momento também foi instruído, verbalmente, a proceder da seguinte maneira:
A referência desta página:
BELLO, José Luiz de Paiva. Estrutura de Apresentação do Trabalho. In. Pedagogia On Line, Cap. 6, 1999. (http://home.iis.com.br/~jbello/estrutu.htm).
Obs.: O endereço do "site" deve estar entre parêntesis, no final das referências possíveis.
6.9 - Glossário
É a explicação dos termos técnicos, verbetes ou expressões que constem do texto. Sua colocação é opcional.
6.10 - Capa
Serve para proteger a última folha do trabalho, é
opcional e permanece em branco.
7 - Organização do Corpo do Texto
7.1 - Citações
Ex.:
Além disso, a qualidade do ensino fornecido era duvidosa, uma vez que as
mulheres que o ministravam não estavam preparadas para exercer tal função.
"A maior dificuldade de aplicação da lei de 1827 residiu no
provimento das
cadeiras das escolas femininas. Não obstante sobressaírem as mulheres no
ensino das prendas domésticas, as poucas que se apresentavam para reger uma
classe dominavam tão mal aquilo que deveriam ensinar que não logravam êxito
em transmitir seus exíguos conhecimentos. Se os próprios homens, aos quais o
acesso à instrução era muito mais fácil, se revelavam incapazes de ministrar
o ensino de primeiras letras, lastimável era o nível do ensino nas escolas
femininas, cujas mestras estiveram sempre mais ou menos marginalizadas do saber"
(Saffioti, 1976:193).
7.1.2 - Citação de Citação
É a citação feita por outro pesquisador.
Ex.: O Imperador Napoleão Bonaparte dizia que "as mulheres nada mais são do que máquinas de fazer filhos" (BONAPARTE apud LOI, 1988: 35).
Obs.: apud = citado por.
7.1.3 - Citação Indireta
É a citação que sofre uma interpretação por parte do autor.
Ex.: Somente em 15 de outubro de 1827, depois de longa luta, foi concedido às mulheres o direito à educação primária, mas mesmo assim, o ensino da aritmética nas escolas de meninas ficou restrito às quatro operações. Note-se que o ensino da geometria era limitado às escolas de meninos, caracterizando uma diferenciação curricular (COSENZA, 1993: 6).
7.2 - Localização das Citações
a) No texto
A citação vem logo após ao texto, conforme nos exemplos acima.
b) Em nota de rodapé
No rodapé da página onde aparece a citação. Neste caso coloca-se um número ou um asterisco sobrescrito que deverá ser repetido no rodapé da página.
c) no final de cada parte ou capítulo
As citações aparecem
em forma de notas no final do capítulo. Devem ser numeradas em ordem crescente.
d) No final do trabalho
Todas as citações aparecem no final do trabalho listadas em ordem numérica crescente, no todo ou por capítulo.
7.3 - Paginação
- Existem dois níveis para numeração das páginas:
Antes do Sumário:
- Antes do Sumário
conta-se a partir da Folha de Rosto e os números são em algarismos romanos.
- A numeração em romanos termina quando começa o texto (sumário).
- São contadas na numeração, mas não recebem números a folha de rosto, a primeira página do texto (página 1) e as páginas que iniciam um capítulo.
Depois do Sumário:
- As páginas são numeradas em algarismos arábicos, colocados no canto superior direito, a um espaço duplo acima da primeira linha.
- A numeração em algarismos arábicos inicia-se a partir do Sumário (página 1).
- São contadas na numeração, mas não recebem números a folha de rosto, a primeira página do texto e as páginas que iniciam um capítulo.
7.4 – Formato
- Não há uma determinação quanto ao formato do texto na página. No entanto é usual as seguintes características:
1 - Papel formato A-4 (210 X 297 mm) - branco
2 - Margens de: 3,0 cm na parte superior
3,0 cm na inferior
3,0 cm no lado esquerdo
2,0 cm no lado direito
3 - Corpo da letra: 12
4 - Tipo da letra: Times News Roman (em computador)
5 - Espaço entrelinhas: 2 (duplo)
Obs: Não esquecer que o espaço entrelinhas em uma citação longa (mais de cinco linhas) deve ter espaço entrelinhas simples.
8 - Bibliografia
8.1 - Referências Bibliográficas
8.2 - Bibliografia
Recomendada
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normas ABNT sobre
documentação.Rio de Janeiro, [198_ ].
BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 1968. 151 p. (Biblioteca Tempo Universitário, 12).
BARROS, A. J. P., LEHFELD, N.A.S.. Fundamentos de metodologia. São
Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1986.
BASTOS, Lília da Rocha, PAIXÃO, Lyra, FERNANDES, Lucia Monteiro. Manual
para aelaboração de projetos e relatórios de pesquisa, teses e
dissertações. 3 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. (org.) Pesquisa participante. 7 ed. São
Paulo: Brasiliense, 1988. 211 p.
CASTRO, Cláudio Moura. A prática da pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill
do Brasil, 1977.
__________. Estrutura e apresentação de publicações. São Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1977.
CERVO, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para
uso dos estudantes universitários. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
COSTA, Antônio Fernando Gomes da. Guia para elaboração de relatórios de
pesquisa: monografia. 2 ed. Rio de Janeiro: UNITEC. 1998. 218 p.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciência sociais. 2 ed. São
Paulo: Atlas. 1989. 287 p.
DIXON, B. Para que serve a ciência? São Paulo: Nacional, 1976.
ECO, Umberto. As formas do conteúdo. São Paulo: Perspectiva, 1974.
________. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989.
FERRARI, Alfonso Trijillo. Metodologia da ciência. 3 ed. Rio de Janeiro:
Kennedy, 1974.
__________. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill
do Brasil, 1973.
GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São
Paulo: Harbra, 1986 200 p.
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa
em Ciências Sociais. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. 107 p.
GOOD, Willian Josian, HATT, Paul M. Métodos de pesquisa social. São
Paulo: Nacional, 1977.
GRESSLER, L. A.. Pesquisa educacional. São Paulo: Loyola, 1983.
HARRÉ, R. (org.) Problemas da revolução científica. Belo Horizonte:
Itatiaia, 1976.
IBGE. Normas de apresentação tabular. Rio de Janeiro, 1979. 22 p.
JAPIASSU, Hilton F.. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro:
Imago, 1975.
KERLINGER, F. N.. Metodologia das ciências sociais. São Paulo: Edusp,
1980.
KNELLER, G. F.. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar,
1980.
KOURGANOFF, V.. A pesquisa científica. São Paulo: Difel, 1961.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica.
2 ed. São Paulo: Atlas, 1991. 231 p.
__________. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982.
LAMBERT, K., BRITTAN, G. G.. Introdução à filosofia da ciência. São
Paulo: Cultrix, 1972.
LEITE, José Alfredo Américo. Metodologia da elaboração de teses. São
Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978.
LÜDKE, Menga, ANDRÉ, Marli E. D. A.. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. 99 p.
MORGENBESSER, S. (org.) Filosofia da ciência. São Paulo: Cultrix, 1975.
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. A gaia ciência. São Paulo: Ediouro. s/d.
221 p.
PIAGET, Jean, GARCIA, Rolando. Psicogênese e história das ciências.
Lisboa: Dom Quixote, 1987. 251 p.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO. Normas para
apresentação de teses e dissertações. Rio de Janeiro, Coordenação
Central de Pós-Graduação e Pesquisa - PUC-/RJ.1980.
REY, Luiz. Planejar e redigir trabalhos científicos. São Paulo: Edgar
Blucher/Fundação Oswaldo Cruz, 1987.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e
técnicas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1989. 287 p.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos
estudos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1988. 183 p.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia: elementos de
metodologia de trabalhos científicos. Belo Horizonte: Interlivros, 1974.
SALVADOR, Angelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica.
Porto Alegre: Sulina, 1977.
SCHWARTZMAN, Simon. Ciência, universidade e ideologia. Rio de Janeiro:
Zahar, 1981.
SCHIRM, Helena, OTTONI, Maria Cecília Rubinger de, MONTANARI, Rosana Velloso.
Citações e notas de rodapé: contribuição à sua apresentação em trabalhos
técnico-científicos. Revista da Escola de Biblioteconomia. UFMG, v.18,
n.1, p. 116-140, mar. 1989.
SCHMIDT, Susana. Sistematização no uso de notas de rodapé e citações
bibliográficas nos textos de trabalhos acadêmicos. Revista de
Biblioteconomia de Brasília. Associação de Bibliotecários do Distrito
Federal, v.9, n.1, p. 35-41, jan./jun. 1981.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 20 ed.
São Paulo: Cortez, 1996.
THOMPSON, Augusto. Manual de orientação para o preparo de monografias.
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Escola de Comunicação e Artes. Serviço de
Biblioteca e Documentação. Manual de Orientação bibliográfica à
pós-graduação. São Paulo, 1988.
VERA, Armando Asti. Metodologia da pesquisa científica. Porto Alegre:
Globo, 1976.
9 - Glossário
9.1- Palavras utilizadas em pesquisa
- "É racional e objetivo.
- Atém-se aos fatos.
- Transcende aos fatos.
- É analítico.
- Requer exatidão e clareza.
- É comunicável.
- É verificável.
- Depende de investigação metódica.
- Busca e aplica leis.
- É explicativo.
- Pode fazer predições.
- É aberto.
- É útil" (Galliano, 1979: 24-30).
Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar): É o
conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o
conhecimento adquirido através de ações não planejadas.
Conhecimento Filosófico: É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o
conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca
dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais
da ciência.
Conhecimento Teológico: Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
Corpo do Texto: É o desenvolvimento do tema pesquisado, dividido em partes, capítulos ou itens, excluindo-se a Introdução e a Conclusão.
Dedicatória: Parte opcional que abre o trabalho homenageando afetivamente algum indivíduo, grupos de pessoas ou outras instâncias.
Entrevista: É um instrumento de pesquisa utilizado na fase de coleta de dados.
Experimento: Situação provocada com o objetivo de observar a reação de determinado fenômeno.
Fichamento: São as anotações de coletas de dados
registradas em fichas para posterior consulta.
Folha de Rosto: É a folha seguinte a capa e deve conter as mesmas informações
contidas na Capa e as informações essenciais da origem do trabalho.
Glossário: São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definição.
Gráfico: É a representação gráfica das escalas quantitativas recolhidas durante o trabalho de pesquisa.
Hipótese: É a suposição de uma resposta para o problema formulado em realção ao tema. A Hipótese pode ser confirmada ou negada.
Índice (ou Índice Remissivo): É uma lista que pode ser de assuntos, de nomes de pessoas citadas, com a indicação da(s) página(s) no texto onde aparecem. Alguns autores referem-se a Índice como o mesmo que Sumário e Índice como Índice Remissivo.
Instrumento de Pesquisa: Material utilizado pelo pesquisador para colher dados para a pesquisa.
Introdução: É o primeiro capítulo de um relatório de pesquisa, onde o pesquisador irá apresentar, em linhas gerais, o que o leitor encontrará no corpo do texto. Por isso, apesar do nome Introdução, é a última parte a ser escrita pelo autor.
Método: A palavra método deriva do grego e quer dizer caminho.
Método então, no nosso caso, é a ordenação de um
conjunto de etapas a serem cumprias no estudo de uma ciência, na busca de uma
verdade ou para se chegar a um determinado fim.
Metodologia: "Methodo" significa caminho; "logia" significa
estudo. É o estudo dos caminhos a serem seguidos para se fazer ciência.
Monografia: É um estudo científico, com tratamento escrito individual, de um tema bem determinado e limitado, que venha contribuir com relevância à; ciência.
Pesquisa: É a ação metódica para se buscar uma resposta; busca; investigação.
Problema: É o marco referencial inicial de uma pesquisa. É a dúvida inicial que lança o pesquisador ao seu trabalho de pesquisa.
Resenha: É uma descrição minuciosa de um livro, de um capítulo de um livro ou de parte deste livro, de um artigo, de uma apostila ou qualquer outro documento.
Técnica: É a forma mais segura e ágil para se cumprir algum tipo de atividade, utilizando-se de um instrumental apropriado.
Teoria: "É um conjunto de princípios e definições que servem para dar organização lógica a aspectos selecionados da realidade empírica. As proposições de uma teoria são consideradas leis se já foram suficientemente comprovadas e hipóteses se constituem ainda problema de investigação" (Goldenberg, 1998: 106-107)
Tópico: É a subdivisão do assunto ou do tema.
Universo: É o conjunto de fenômenos a serem trabalhados, definido como critério global da pesquisa.
9.2- Palavras ou expressões latinas utilizadas em pesquisaapud: Significa "citado por". Nas citações é utilizada para informar que o que foi transcrito de uma obra de um determinado autor na verdade pertence a um outro.
Ex.: (Napoleão apud Loi) ou seja, Napoleão "citado por" Loi
et al. (et alli): Significa "e outros". Utilizado quando a obra foi executada por muitos autores.
Ex.: Numa obra escrita por Helena Schirm, Maria Cecília Rubinger de Ottoni e Rosana Velloso Montanari escreve-se: SCHIRM, Helena et al.
ibid ou ibdem: Significa "na mesma obra".
idem ou id: Significa "igual a anterior".
in: Significa "em".
ipsis litteris: Significa "pelas mesmas letras", "literalmente". Utiliza-se para expressar que o texto foi transcrito com fidelidade, mesmo que possa parecer estranho ou esteja reconhecidamente escrita com erros de linguagem.
ipsis verbis: Significa "pelas mesmas palavras", "textualmente". Utiliza-se da mesma forma que ipsis litteris ou sic.
opus citatum ou op.cit.: Significa "obra citada"
passim: Significa "aqui e ali". É utilizada quando
a citação se repete em mais de um trecho da obra.
sic: Significa "assim". Utiliza-se da mesma forma que ipsis litteris
ou ipsis verbis.
supra: Significa "acima", referindo-se a nota imediatamente anterior.